quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Novo blog!

Caros leitores e amigos

vocês já devem estar acostumados a minha inconstância. Pois bem, estou numa nova fase da minha vida, e nada melhor para representar isso do que um novo blog!
O céu já está cheio de rastros de tinta, e estou em busca da minha identidade.
Sintam-se a vontade para comentar, palpitar e sugerir no meu novo blog:

www.gabisikorski.blogspot.com

E é claro: SEJAM MUITO BIENVENIDOS!

Beijos e nos vemos por lá!

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Epopéia das asas


O tempo passou depressa. Depressa demais pra quem não sentiu.
Eu não senti.
E já estou a uma semana da minha vida de gente grande. É, gente grande!
Meu primeiro emprego, com carteira assinada e tudo mais.
Trabalhar e estudar. Antes essas duas possibilidades pairavam nos meus pensamentos, eu ficava imaginando como seria morar fora, fazer faculdade, trabalhar com o que eu queria.
Mas sem que eu pudesse pensar mais ou simplesmente parar pra pensar, o tempo passou.
São quase duas e meia da manhã. O sono não vem e um turbilhão de sentimentos invadiu meu coração e meus pensamentos, como um carro desgovernado que bate no muro de uma casa. O muro cai, porque era de açúcar e confeitos.
Você pode pensar que eu estou fazendo drama, você deve pensar "ah, mas tudo mundo trabalha e estuda, é a realidade", mas eu não gosto do que vocês chamam de realidade. Não gosto desse papo de crescer rápido e sem tempo.
Eu chorei a última vez que tentei brincar de Barbie e não consegui, e eu já devia ter meus 13 anos.
Crescer é duro, crescer é bruto.
É como um passarinho que mal saiu do ovo e de repente se depara com um enorme precipicio, no qual ele terá que se atirar pra impulsionar seu voo.
Ao mesmo tempo que dá muito medo e você sente que não tem asas fortes o bastante, voar pode ser maravilhoso.
Então você não pensa muito e simplesmente abre suas asas pro mundo.
Não dá mais tempo de ficar no ninho, no aconchego das asas da sua mãe, esperando que ela faça tudo por você. Você já não cabe mais no ninho, e tem um outro ovinho ali e que precisa um pouco mais das asas da mãe e do ninho do que você.
A gente sabe que o ninho sempre será o nosso ninho, que ele sempre estará ali quando nossas asas se ferirem, ou quando simplesmente, precisarmos de aconchego e repouso.
Mas chega uma hora da vida que temos que ir em busca dos nossos próprios sonhos, aqueles que nos deram coragem pra abrir as asas, hoje chamam por nós em algum lugar do mundo!
E não adianta a gente fingir que não escuta, que não existe, porque o nosso coração sabe da onde vem o chamado e ele só se aquieta quando vamos em busca do que está faltando.
Se a gente não voa, as asas atrofiam e o coração amargura.
Cada um voa da sua maneira, seja para fora ou para dentro, mas todos voamos.
Não é fácil crescer...
Mas a gente cresce!
E por mais difícil que seja, nós sabemos que nunca estaremos sozinhos, e que aqueles que amamos, seguem conosco, impulsionando as nossas asas, dentro de nossos corações!
Que tudo aquilo que eu acredito, que tudo aquilo que eu mais tenho fé esteja comigo e me dê forças para que eu possa voar!
Que a chuva não me intimide, que os trovões não me façam estremecer.
Que o Sol seja meu alento e a as estrelas minhas parceiras.
Que Deus fortaleça minhas asas e meu coração!
E voe aquele que tiver asas!
Porque voar pode ser maravilhoso...

domingo, 11 de julho de 2010

A melhor parte de mim

Quando os sonhos começam a se tornar realidade, quando planos começam a se concretizar, quando começo a crescer de verdade o medo de me perder pelo caminho é grande.
Onde me apegar quando as minhas bases balançarem, onde posso olhar pra me ver refletida, ver quem eu sou de verdade?
Como não deixar que as mentiras e as vaidades que existem façam de mim uma pessoa diferente, pequena e medíocre?
Onde devo buscar segurança pra não me desviar do que eu realmente acredito?
E se um dia o glamour e o sucesso baterem a minha porta, como não me deixar envaidecer demais por eles, como não me contaminar?
Como mudar, mas sem mudar o que tenho de melhor?
Onde devo me apegar, em que mão eu devo segurar?
Onde devo me encontrar quando tudo parecer nada?
Hoje eu estava vendo fotos aqui no computador e pensando em tudo isso. De repente eu vi uma foto e meu coração encontrou todas essas respostas.
Todas essas respostas em uma só foto:




Essa sou eu. Mini eu (risos). Eu pequenina.
E é nessa menininha, nessa pequenina que ainda vive em mim, que faz bater forte meu coração, que resistiu ao tempo e a idade, é nela que eu vou me apegar.
Porque é ele que faz com que eu siga o meu coração!
É ela que me faz tomar as atitudes certas e fazer as melhores escolhas.
E quando eu me perco, é nela que eu me reencontro.
É nas suas mãozinhas pequeninas que eu vou segurar quando tudo balançar.
É para ela que eu vou olhar quando quiser me ver de verdade.
É nela que vou buscar segurança.
Porque ela é a melhor parte de mim. A parte mais pura e mais sincera.
Mais verdadeira, mais ela do que qualquer outra coisa.
Meu pedacinho mais cheio de fé, de amor, de coragem.
Mais corajosa e cheia de propósito do que três de mim.
Mais viva, mais ativa, mais lúcida.
Mais cheia de imaginação, de saídas mágicas, de passagens secretas.
Mais cheia de castelo, poderes encantados, princesas, sonhos, amores e vida.
É o pedaço mais meu e mais eu que existe!
E quando tudo parecer nada, quando me sentir sozinha, perdida e sem rumo, basta olhar pra dentro de mim, e essa pequenina vai me guiar!



quarta-feira, 7 de julho de 2010

Deixa que EU dirijo!


No auge da minha indignação eu venho aqui concretizar a minha teoria: " Por trás de uma mulher barbeira, há sempre um pai que grita!".
Nós mulheres somos crucificadas com a famosa frase " Mulher no volante, perigo constante.", somos taxadas de barbeiras e paramos o trânsito não por nossa beleza, mas pela nossa falta de capacidade ao volante!
Francamente!
Não é a primeira vez que eu ouço histórias de mulheres que dirigiam mal na frente do pai. Perto da mãe, junto das amigas era tudo flores, mas quando a figura paterna entrava e se assentava no banco do passageiro, com aquele olhar de "você vai errar", era batata! A pobre coitada assassinava o Código de Trânsito Brasileiro, furava o semáforo, subia na guia, deixava o carro morrer, quase batia o carro, entre outras catástrofes que acontecem, eu disse acontecem quando estamos dirigindo na companhia de nosso querido pai.
Minha professora de CFC contou que pra piorar a situação o pai dela era instrutor de trânsito, e que quando estava sem ele, ela até que dirigia bem, mas quando o pai entrava no carro, ela cometia barberagens homéricas, como quase entrar dentro de uma agência bancária com o carro!
Quando eu ouvia essas histórias, eu até pensava que poderia ser generalização, e eu detesto generalização.
Quando comecei a dirigir, meu pai foi muito paciente. Não tinha do que me queixar.
Hoje eu percebi que não é lenda urbana, é a mais pura verdade!
Eu tenho carta de motorista, aliás, permissão para dirigir há dois meses e nunca fiz grandes barberagens. Sempre tive cautela, nunca subi numa guia, nem sai cantando pneu no meio da rua.
Hoje eu fui com o meu pai buscar o meu irmão, e a cara de "poucos amigos" que o meu fez quando pedi pra ir dirigindo já me deu uma prévia do que aconteceria.
Fui conversando com ele, tentando quebrar o gelo, mas ele era irredutível, parecia um instrutor careta e velho ensinando uma patricinha desligada a dirigir. Me falava de tudo que eu tinha que fazer, coisas que eu já sabia, mas ele enfatizava e sua voz soava um grande desconforto.
Daí só pra pior. Gritou comigo, mexeu no volante porque ele achou que eu fosse bater o carro, enfim...
Eu não estou aqui pra crucificar meu pai, eu só estou aqui concretizando a minha teoria.
Nós mulheres, nós sabemos dirigir sim! Mas o que nos faz tremer na frente do volante são as vozes graves de nossos pais, irmãos, namorados, maridos, que tem a plena convicção que sem os gritos deles só iremos fazer uma bela duma cagada no trânsito!
Eles tem que gritar!
Mas será que eles já experimentaram ficar quietos e observar o resultado?
Então, homens que estão lendo esse texto, não gritem com suas filhas, suas mulheres, suas qualquer-coisa que estiverem ao volante! Um grito de vocês pode trazer um belo medo de dirigir e até mesmo anos de terapia para nós, pobres mulheres injustiçadas no trânsito, só porque somos MULHERES!
E tenho dito!

segunda-feira, 28 de junho de 2010

NONI!


Um ano. O que é um ano? Quanto tempo é um ano? O que dá pra fazer em um ano?
Nossa. A gente muda tanto em um ano! Tanta coisa pode acontecer.
Pessoas podem se conhecer e se casar em um ano.
Crianças podem ser concebidas e nascer em um ano.
Outros ainda podem adoecer e morrer em um ano.
Governantes podem aparecer, novas epidemias podem surgir, uma nova cura pra uma doença pode surgir também em um ano.
A gente pode ler cinquenta livros em um ano, ou pode mesmo ler um livro em um ano.
Pode aprender tanta coisa em um ano.
Com um ano uma criança ainda é um bebê, mas é um pedacinho de gente que já é tão amado. E por mais que essa criança de um ano não fale tudo, não saiba andar direito, é nessa tenra idade que começamos ver o seu potencial. E mesmo tendo apenas um ano, nós já a amamos por uma vida!
E já faz mais de um ano que eu sei o que é o amor.
Ele chegou, e não chegou de repente não. Chegou chutando as portas, quebrando barreiras, transformando tudo à sua volta. Mudou a minha vida, me trouxe a vida pra viver.
Aprendi coisas, conheci lugares, pessoas, novas dimensões. Fui muito mais além do que pensei que podia.
Descobri horizontes, me descobri.
Aprendi o sentido real da palavra amor.
Amor é doação, compreensão e carinho.
Amor é o dia a dia, é a distância, são as famílias.
Amor é a convivência, os amigos, as viagens, a estrada e o colo.
Amor é o sentir, as sensações e os sentimentos. O respeito e a fidelidade.
Amor é aceitar as diferenças, aprender a conviver com elas, respeitá-las.
Festejar as semelhanças e rir com a intensidade delas.
Amor é você. Amor sou eu.
Amor é tudo o que vivemos, todas as descobertas mágicas que fizemos.
Amor é o nosso amadurecimento nessa estrada juntos.
Amor é o apoio que você me dá incansavelmente, é você ser assim, do jeito que você é.
Amor é o jeito que você me trata e como me conquista à cada dia.
Não importa as dificuldades que passamos, mas sim tudo que superamos.
E sabemos que ainda teremos algumas delas pela frente, mas o nosso amor é muito mais forte, o nosso amor é tudo isso e muito mais.
Obrigada por ter me ensinado tanta coisa que não dá nem pra falar, é muita coisa mesmo. Obrigada por me amar, por fazer com que eu me sinta amada e querida todos os dias.
Obrigada por me ensinar e por aprender comigo.
Obrigada por ser o Meu Noni por todo esse tempo e espero do fundo do meu coração que nós sejamos do Nonis di Didones por muuuiiito tempo, até o infinito e além!
Obrigada por ser meu amos, meu amigo, meu confidente, companheiro, ouvinte, falante, amante, luz, dia, noite, por ser você, por ser Didone, por ser Nonó, por ser NONI!
E esse é o primeiro de muitos anos!
E que venham uma porção deles por aí!
E nós sabemos que nem o tempo e nem o espaço são limites!
Eu te amo muito e cada vez mais!

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Causas Nobres

Os princípios e os sonhos se foram com os anos. Os ideais e as conquistas ficaram esquecidos no tempo.
Nós não temos mais causas nobres para defender.
Não temos mais escravos para libertar, não temos que lutar pelo fim do Império e pelo nascimento da República.
Não temos que lutar contra ditadura alguma.
Não temos que reinvindicar os direitos das mulheres.
Não temos Anita Garibaldi para nos conduzir até um sonho republicano. E também não temos grandes pensadores como Rousseau para nos inspirar.
Não somos mais os sans-cullotes, nem cristãos que se entregam ao suplício e a cova dos leões em nome de algo maior que acreditamos.
Não temos que lutar por nada que valha coragem, esforço, dedicação e sonhos.
Nós não temos mais causas nobre pra defender.
Nós não temos mais causas nobres pra defender?
Temos sim. E muitas.
Acontece que as causas nobres que buscamos estão escondidas, camufladas pelo comodismo que nos assola e também as nossas vidas. O comodismo que o capitalismo e a modernidade nos trouxeram, que apagaram em nós a chama que muitos morreram defendendo.
A chama que não tem nome, nem cor, nem raça, nem definição. Chama que acende onde houver um sonho, uma esperança, um ideal.
Uma chama sem religião mas que está em todos os cultos de boa fé.
Chama que aquece os corações oprimidos e esquecidos.
As causas nobres estão aí, é só nós tirarmos a venda imposta e colocada aos nossos olhos e vermos com clareza que o mal que assola o mundo não desapareceu.
Ainda temos pessoas que vivem em situações piores do que a da escravidão. Pessoas que vivem em situações tão ou mais degradantes que dos escravos de outrora. Pessoas que não conhecem a maestria sobre suas próprias vidas, que são açoitadas, que dormem no chão e são discriminadas pela cor. Escravos sim. E eles precisam, não de carta de alforria, mas precisam ser vistos, compreendidos e livrados dessas condições desumanas. Precisam de dignidade.
O Império está aí para quem quiser ver, tão ou mais escroto e nojento do que os impérios passados. E o sonho da República ainda canta nos corações sinceros, porque eles sabem que isso aqui, que nós chamamos de República, tem de dela só o nome, porque a essência ficou esquecida e adormecida no passado.
As ditaduras impostas são calejantes, ditadura da rotina, da beleza, do comportamento. Ditaduras mil! E quem vai sair às ruas enfrentar o inimigo da liberdade, se o inimigo dorme, acorda e faz tudo conosco?
E será que mais uma vez as mulheres terão que queimar seus soutiens? Quem respeita as mulheres dentro de um ônibus apertado, com tantas pessoas? Não são elas as principais vítimas de abuso, estupro e tantas outras barbaridades?
Cadê o direito de ser reconhecida pelo próprio esforço? Não. As mulheres não conseguem as coisas na vida porque são bonitas, ou gostosas ou porque tem marido rico! Elas lutam, sofrem e conquistam todos os seus sonhos pelas próprias mãos... e unhas! rs ( salve aqueles projetos de mulheres, mas isso é assunto pra outro post.)
Temos Anitas por todo o mundo. Elas são mulheres anônimas, que vivem suas vidas comuns, mas que se dedicam a causas igualmente nobres. São mulheres dentro ou fora de comunidades carentes, mulheres que se doam e se entregam àquilo que acreditam com todo o amor!
Assim como dentro de cada um que tem um ideal, que pensa que realmente tem razões de ser pode ter um Rousseau dentro de si.
Não somos sans cullotes, nem cristãos na cova dos leões. Somos cidadãos comuns, crucificados pela massificação da vida, pela robotização da mente.
As causas nobres estão aí.
Crianças, mulheres, velhos, homens, pessoas por todo mundo precisam de nosso auxílio.
A mata, as florestas, o verde clama pelos nossos olhares e braços. O que faremos pra salvar o nosso planeta doente e debilitado?
O ar que respiramos já é cinza, e não haverá mais água para beber se continuarmos fechando nossos olhos.
Os animais, em breve, serão apenas figuras nos livros. E os livros serão apenas páginas na internet.
Os princípios ainda são os mesmos. Mudaram apenas a forma, de tempo e de espaço.
Cabe a cada um tirar a venda da hipocrisia, deixar a luz da verdade nos fazer enxergar o que está bem a nossa frente, sempre esteve e de alguma forma não quisemos ver.
Cabe a cada um acender a chama, aquela chama que guiou os grandes homens da humanidade, e deixar que ela nos conduza para um mundo melhor.




sexta-feira, 11 de junho de 2010

Confiando

A semana pareceu triste e sombria na segunda-feira. Ficar um final de semana sem voltar pra casa já me deixa meio abatida.
É que eu sou como um celular, que precisa carregar a bateria pra funcionar.
Um susto bem nessa mesma segunda-feira. Coração saiu pela boca, o medo bateu forte no meu peito. Perdi o chão e o recuperei numa mesma fração de segundo.
Pensamento no alto, confiança em Deus e logo tudo estava de volta ao seu devido lugar.
Tensão da apresentação, parece que rima, mas não é nada harmônico, assim como o significado.
De repente eu dormi e já era quarta feira.
E na quarta-feira as coisas realmente começaram a caminhar. E não digo fazendo alusão apenas a semana, mas sim a minha vida nova.
Finalmente a plantinha começou a crescer e florescer.
Era preciso paciência. Paciência e confiança em Deus pra entregar nas mãos Dele. Ele sabe o que nos pertence e sempre nos dá aquilo que merecemos.
Merecimento. Às vezes me questiono sobre isso, mas no fim vem a confiança em Deus de novo, e eu sei que Ele sabe o que faz, bem mais do que eu...rs.
É tão bom ver germinar aquilo que se plantou. Eu cuidei do meu jardim, fiz tudo o que podia, tive paciência e aí está.
É claro que a gente não pode ter tudo, a algumas coisas sempre ficam no caminho. Mas o tempo não existe, e todo o retso existente é Deus.
As pessoas são a representação dele, ainda que sejam representações brutas, dentro de cada uma delas há um pedacinho de Dele, do Criador, e é tão lindo e tão bom quando as pessoas deixam esse pedacinho transparecer e agir por elas.
Pessoas boas me ajudaram.
Sexta-feira.
Confiança.
Confiança primeiramente Nele, depois na dedicação, no empenho, na paixão, na garra, no zelo, na amizade, nos ensaios, no conhecimento, no aprendizado, e em si mesmo.
Abra a boca, e deixa tudo isso fluir de você...
Pronto!
O resultado não poderia ter sido melhor! Valeu a dificuldade, o briga, o choro, o empenho, valeu tudo.
Valeu mais ainda ter conhecido pessoas maravilhosas e principalmente: diferentes!
Valeu a pena ter aprendido a enxergar os meus próprios erros, reconhecer as minhas dificuldades e olhar para o outro, como quem olha para seu reflexo na água.
Termino a minha sexta-feira em casa, no aconchego do que chamamos do mais puro do coração de lar.
Ao lado daqueles que amo, e ainda me faltam alguns aqui.
Vendo a semente do Amor, de Deus germinando e crescendo no ventre da minha mãe, no sorriso da Giovana, no carinho do meu namorado, no zelo dos meus familiares, no purê de batata da Jacira.
No fim, é isso que faz a vida valer a pena todos os dias.
Faz valer a pena cada segundo.
Faz valer a pena sonhar, planejar, realizar, conquistar, sorrir, amar, chorar, brigar, perdoar, voltar, consentir, abraçar, beijar, entender, ouvir, compreender, aprender, lutar.
É a confiança em Deus que faz tudo isso valer a pena.
Obrigada.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

How many special people change?

Quantas pessoas especiais mudam no decorrer de nossas vidas?
Como pode um coração que era tão vivo, endurecer tanto?
Por que a vida faz isso com as pessoas? Por que as pessoas deixam com que a vida faça isso com elas?
Eu sempre me faço esse tipo de pergunta.
Existem pessoas que não mudam, não mudam mesmo. Entra ano, sai ano e elas são as mesmas. Com a mesma risada ou o mesmo mau humor. O mesmo abraço ou as mesmas mentiras. Mas não importa o que aconteça, elas são as mesmas, pode morrer a família, ou podem ganhar na mega sena, elas são elas como eram da última vez que você as viu. Não sei se isso é bom ou ruim.
Agora tem aquelas pessoas que passaram por tantas coisas, tantas tristezas e decepções que quanto mais seus corações apanham, mais elas se fecham para a vida.
O medo é mau conselheiro, mas elas não sabem disso.
Então elas se tornam pessoas frias, descrentes de tudo, sem fé, sem motivação. Pessoas que andam sem rumo, e seus própositos tão nobres foram massacrados pela rotina e pelas lágrimas que já secaram.
Fico triste quando eu constato isso. É, porque esse tipo de coisa a gente constata. A gente se recusa a acreditar por um tempo, mas com algum tempo de observação, não precisa nem ser convivência, é só observação mesmo, a gente acaba constatando.
É tão triste viver a vida assim, porque você não vive nada, você vai levando. Come porque tem que comer, dorme porque tem que dormir, e ainda sim dorme pouco. Diversão? Ah, de vez em quando, ou quem sabe amanhã. E o amanhã nunca chega, né?
Mas existem ainda aquelas pessoas que por mais que apanhem, que sofram, que se decepcionem com a vida, com as pessoas, elas estão sempre com um sorriso na alma.
É, porque sorriso no rosto todo dia, nem palhaço consegue.
Mas essas pessoas tem uma habilidade formidável de se fortalecer a cada dificuldade. São pessoas que sabem que a hora mais escura é aquela que vem antes do sol nascer, mas que mesmo assim ele vai nascer, todos os dias.
São pessoas que se transformam, se criam, se recriam e se moldam. Suportam com toda sua força, arrumam forças mesmo quando não tem, elas tiram de algum lugar, lá de dentro delas e conseguem enfrentar todos os obstáculos que vem e que virão.
As vezes eu queria que todas as pessoas do mundo fossem assim. Tivessem essa habilidade de transformar, reverter situações e sentimentos.
Mas as pessoas não são iguais, cada um tem o seu tempo, sua hora e seu momento.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Mimada, sim! Com muito orgulho!

Sempre me deparo com pessoas muito auto-suficientes pro meu gosto. Tudo elas sabem porque já sofreram na pele, já fizeram isso e aquilo e claro: sempre sozinhas. Nuuuunca precisaram da ajuda de ninguém, tudo que conseguiram foram pelo suor do seu rosto, suor e sangue!
Noooosssaa pessoa, como você não ganhou um Oscar, ou algum prêmio por isso? Como não foi canonizada santa? Pessoa digna, né? Sempre sozinha, corajosa, valente, destemida, pessoa heroína!
Ah, francamente!
Primeiro que esse papo de Hércules não cola pra mim chefia, porque ninguém faz nada sozinho!
Ninguém!
Muito menos você, então menos, tá?
Mas pior que ficar se vangloriando da sua auto-suficiente heróica é diminuir pessoas que, para esses heróis solitários são mimadas, dependentes e nunca fizeram nada sozinhas na vida.
Eu tive o privilégio de crescer cercada de pessoas maravilhosas que não mediram esforços para que eu tivesse conforto, carinho e fosse bem amparada.
Pessoas que se doaram integralmente, se dedicaram pra me educar da melhor maneira possível, me ensinaram tudo que sabiam, foram e ainda são exemplos pra mim. Pessoas que fizeram de tudo por mim, me mimaram sim, mas um mimo saudável. Me deram atenção, toda atenção necessária pra antender as minhas necessidadesda época. E até hoje essas pessoas me tratam dessa mesma forma, claro que com posturas diferentes, mas ainda sim são atenciosas e dedicadas para comigo.
Isso nunca me prejudicou, de forma alguma. Só trouxe coisas boas.
E mesmo tendo sido criada dessa forma, mimada como alguns preferem enfatizar, quando precisa eu sei fazer, e muito melhor do que muita gente!
Eu saí de casa agora, tenho apenas dezoito anos. Nunca precisei lavar um pano de prato, porque sempre tive quem fizesse.
Mas agora que o samba é outro, eu sei me virar muito bem. E aqui não tem empregada, não tem nem faxineira mais, e eu que limpo, faço e arrumo. E agora, quem é a mimada.
Se ser mimada é ser criada com amor, atenção, carinho, conforto e cercada de pessoas preocupadas e queridas, eu sou mimada sim, mimada, princesinha da mamãe, bonequinha de luxo e com muito orgulho!


terça-feira, 11 de maio de 2010

Gente!

O mundo feito de pessoas iguais e comuns.
Mundo monocromático e sem sal.
E aqueles que fogem da comodidade do normal só resta contar com o destino e com a lei da atração para que essa fabulosa força do Universo traga para essas almas excêntricas alguém parecido com elas.
Ora, por que é tão difícil ser diferente?
" Nasci na época errada", e toda vez que digo isso sempre ouço a mesma sonora e indiferente resposta: " Nasceu mesmo." E pra piorar a situação sempre ouço isso de pessoas que se dizem esclarecidas, lúcidas e a par do sistema.
Ironia? Acho que é falta de auto-conhecimento mesmo.
Viver numa cidade como São Paulo, onde a diversidade das faces é maior, a gente dá a sorte de encontrar pessoas mais parecidas com a gente.
O destino foi gentil comigo e me trouxe alguém muito parecido comigo, tão parecido que já ouvimos algumas vezes a frase quase irônica " Vocês são irmãos?"
Não, minha senhora, irmãos não namoram, isso é incesto e na minha terra isso é muito feio!
Por sorte, também tenho amigos ditos esquisitos, mas que são apenas pessoas que fogem do comum, ainda bem. Não que eu não tenha amigos normais, mas bem a verdade mesmo, de perto ninguém é normal.
E com o passar dos dias aqui eu tenho encontrado mais pessoas assim, e chego a feliz constatação de que nem tudo está perdido, e de que não sou a única pessoa que não é "normal" que conheço.
E se querem saber, eu prefiro ser diferente do que viver como um zumbi, um morto-vivo, seguindo o ritmo da música, assim como os zumbis de "Thriller", do brilhante rei do pop.
Eu prefiro ser tachada disso ou daquilo do que ser uma pessoa morna, sem opinião, sem movimento.
Eu gosto mesmo das pessoas que fazem por merecer o dom da vida, das pessoas que falam, que se exercitam seus pensamentos, que agem com o coração.
Pessoas que não se conformam, que se indignam, que lutam, que saber fazer barulho mas também conhecem o valor do silêncio.
Eu gosto de gente ativa, gente viva, gente que sabe viver.
Gosto de pessoas que são humanas, humanos que são gente.
E felizment o Universo se encarrega de aproximar essas pessoas que vivem, e por mais dificil que as coisas pareçam agora, sempre há uma esperança, um feixe de luz que me faz acreditar que um dia o mundo será só de pessoas assim, pessoas humanas, pessoas que são gente.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Histórias para Alice

Olá meus caros leitores

Criei um novo blog onde eu e minha mãe vamos postar textos para minha irmãzinha, Alice, que ainda está na barriga da mamãe!
Sintam-se a vontade para visitar e comentar!
Espero que gostem! Foi feito com muito amor!
beijos


www.historiasparaalice.blogspot.com

terça-feira, 4 de maio de 2010

O poeta e o amor

"O problema não é o amor..." disse o poeta enquanto a fumaça do cachimbo saia de sua boca - " o problema é o jeito de amar!", completou e suspirou um suspiro profundo de lamentação.
Todas as noites o poeta se reunia junto aos boêmios no Bar da Majestade como costumavam chamar, e ali ficavam poetas, pintores, artistas, prostitutas, filhinhos de papai, todos bebendo, embriagando-se de conversas infinitas, onde o rumo da prosa começaca sempre no amor e acabava no mesmo.
" O amor é o mesmo amor puro, a essência dele não muda. O que muda é a forma que as pessoas dão para ele. Moldam e remoldam, como o escultor com a sua argila. As pessoas amam segundo seus limites. De algumas pessoas escorre amor pelos olhos, mas tambem existem aquelas que seguram o amor na palma da mão, pouco, pequeno e miúdo, mas ainda sim é amor. Existem aqueles que amam com mentiras, ilusões e vaidades. Outros amam com pureza, castidade e serenidade. Existem aqueles que amam em devoção, outros amam com desprezo. Tem tanta gente que ama de tanta forma. Uns amam pouco, quase nada, mas mesmo assim é amor. Outros amam muito, em excessos e exageros, mas já disse um outro alguém que tudo que é demais nos faz mal. Tem pessoas que amam vampirizando, sugando o que temos de melhor, mas aí não é amor é doença. Amor é a Piedade Maior do Criador, que sabia que seríamos infelizes nessa terra de escárnios, e na Sua Infinita Bondade nos deu um pedacinho do Céu, uma Centelha Divina para que fosse nosso ânimo, nossa força motriz, nossa fé na vida. Amor, meus caros é tudo o que temos de nosso!"
O silêncio pairava em torno do poeta, todos a sua volta estavam pensativos. Como eles amavam?Será que eram regulados ou esbanjavam amor?
E o poeta, como um grande observador sorriu.
" Vocês devem estar pensando como será que vocês ama, pois eu vos digo: não importa a maneira, desde que o que vocês sintam possa enfrentar tempestades, montanhas e principalmente a racionalidade. E quando vocês virem que o que vocês sentem é sensato e descabido, grandioso e verdadeiro, aí não importa a maneira, porque isso é amor!"

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Aí sim fomos surpreendidos!

Nós estávamos os três sentados, esperando a vez da mamãe.
Ou melhor, nós estávamos os quatro sentados, esperando a vez da mamãe.
Foram chegando mais e mais pessoas, todas elas barrigudas ou barrigudinhas.
" Vai buscar um copo de suco pro nenê mexer."
Suco beeem doce de caju, a mamãe tomou tudo, deu até pra mastigar os pedacinhos de açúcar do fundo do copo.
Uma mulher era chamada, depois a outra, a outra e nós? É, nós fomos passados pra tras umas duas vezes, mas parece que essas coisas só acontecem quando estamos ansiosos.
O Ro estava nervoso, tenso. Andava de um lado para o outro, parecia que ele estava na sala de espera do hospital já, aguardando a enfermeira botar a cabeça na porta e dizer sorrindo " Nasceu!".
Mas não, até lá temos pelo menos cinco meses. Fico imaginando quando chegar o dia tão esperado, não sei se entro com a mamãe ou se fico ajudando o Ro a segurar a ansiedade. (risos)
A espera quando a gente tá esperando é sempre mais esperada, entende?
E a vida guarda mais surpresas pra gente do que a gente pode imaginar.
Fomos chamados e seguimos em fila indiana, mamãe, eu e o Ro até a sala da Dra Denise.
O sofá branco foi o refúgio da ansiedade. Sentamos eu e o Ro. A mamãe ficou deitada enquanto a Dra Denise procurava o que nós esperávamos tanto.
" Vem aí uma garotinha!"
AÍ SIM FOMOS SURPREENDIDOS!
Foi uma risadeira só! Nossa, que surpresa!
Eu segurava o choro com o riso de alegria e de novidade!
A mamãe ria feliz e surpresa. O Ro chorava de emoção.
Dra Denise olhou de novo, e era isso mesmo: ME-NI-NA!
Somos muito sugestionáveis, e quando o palpite é um "palpite especializado" a gente acaba adotando como verdade. Mas mesmo sendo "especializado" é só um palpite.
E graças a tecnologia já soubemos que o bebê que a mamãe traz no ventre é uma menininha!
Agora começa a Epopéia dos Nomes, mas isso é assunto pra outro post!
Felicidades pra nós, muita saúde pra nossa princesinha e pra mamãe, e amor... Bom, amor a gente tem de sobra!

terça-feira, 27 de abril de 2010

Um passeio pelo quintal

Correndo no quintal de casa como não fazia a muito tempo. Gostava de brincar de pega pega. De repente parou e agachou. Viu o quintal de casa da mesma perspectiva que via quando tinha seus cinco anos.
Do tempo e do espaço surgiu uma fenda, e o quintal parecia ser o mesmo de 1996.
Agora tinha os cabelos mais louros, tinha corpo de criança, mãos sem esmalte e dentes de leite.
A moça era menininha novamente. Viva!
Saiu correndo pelo quintal e nossa! Como o quintal de casa era imenso! Ela corria corria e o quintal parecia não ter fim!
E então lembrou-sa da balança! Ah, a balança da goiabeira!
E desceu correndo os três degraus que levavam-na ao seu paraíso verde e inspirador.
Brincou na balança, correu por entre as azaléias, apanhou jaboticabas mas não as comeu, nunca gostou muito de jaboticaba.
Entrou no porão e brincou com os brinquedos empoeirados, imaginou como seria bom ter uma escola de teatro lá, mas logo se esqueceu e foi brincar de novo.
Ela correu, pulou, rolou, deixou no chão do quintal e ficou observando o encontro das senhoras nuvens brancas no céu azul. Viu um baile nefelibata se formar e depois sumir com o soprar do vento.
E então ela fechou os olhos e voltou.
Voltou ao seu corpo de hoje, o corpo que com certeza não é de uma criança. Ollhou para suas mãos, é elas tinha as unhas grandes e com esmalte cor de rosa. Passou a mão em seu rosto, não era mais uma menininha e nem tinha mais dentes de leite.
Mas a fenda no tempo e no espaço a levara pra um lugar muito especial, um lugar mágico,intenso e vivo, vivo dentro do coração daquela moça, daquela moça que dentro de si, no mais íntimo do âmago, no fundo do coração, conservava e guardava com todo amor a menininha tinha sido.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Laranjas no chão


Eu derrubei uma laranja no chão. Laranjas quando caem no chão ficam "passadas". Não é assim que se diz?
Houve um tempo que aqui na minha casa só tinham laranjas passadas. E você deve estar pensando que na minha casa existem muitas pessoas desastradas como eu que ficam derrubando as pobres frutinhas no chão. É, pode até ser, mas na verdade as laranjas ficavam passadas porque quando o Guigui, meu priminho, aprendeu que a laranja tinha o formato de uma bola, na hora do almoço ele ficava jogando as laranjas no chão.
Tá, mas o que eu quero dizer com toda essa epopéia cítric
Também não sei ao certo o que eu quero dizer com tudo isso, mas quando eu vi aquela laranja rolar no chão e quando eu a peguei novamente um filminho passou na minha cabeça como um flash.
Existem coisas tão banais na vida da gente, que a gente não dá importância mesmo. Mas conforme a gente cresce e muda, essas coisas banais passam a ter algum sentido, e quando uma laranja cai no chão, algumas coisas que antes eram sem importância e não tinham o menor sentido ganham o seu devido valor. E filmes passam pela minha cabeça, filmes coloridos e belos, cheio de personagens amados e laranjas rolando pelo chão da cozinha.
Agora as laranjas da minha casa não são mais passadas. O Guigui cresceu e já não dá tanta importância pro formato de bola delas, na verdade ele prefere brincar com uma bola de verdade.
Ele, a Laura já estão falando. O meu irmão já tem 12 anos. E minha mãe está grávida.
O tempo corre enquanto estou longe. Mas ele já corria antes mesmo de eu nascer. Fui eu quem me dei conta de que o tempo não é nada palpável, ele se esvai pelas minhas mãos quando tento pegá-lo, é como água corrente da torneira, que vai passando e nunca conseguimos segurá-la de fato.
Na verdade só queria falar um pouco, na verdade escrever.
Pra alguns de vocês a epopéia das laranjas passadas pode não fazer sentido algum. E se isso acontecer é porque vocês deixam passar algumas coisas que tem muito valor, despercebidas.
Não sou a pessoa mais correta do mundo, nem nada disso, não quero dar lição de moral em ninguém, mas eu acredito que a gente só pode falar de alguma coisa com alguma certeza quando já passou por ela.
O tempo está passando e eu estou percebendo. As linhas do meu rosto de menina foram embora. Os meus pequeninos já estão falando, o meu irmãozinho já é mais alto que eu, e o bebê que nós sonhávamos já está a caminho.
A vida é movimento, então se eu puder dizer algo é: cuidem daqueles que vocês amam, olhem para eles, aproveitem cada instante. Porque daqui a pouco os bebês já terão crescido e não vão mais jogar as laranjas no chão.



segunda-feira, 19 de abril de 2010

Eu e o Jornalismo

É uma coisa estranha essa minha relação com o jornalismo.
É quase um karma, uma sina. É um misto de amor profundo e sentimento de raiva esporádico.
Muitas vezes me pergunto: O que estou fazendo aqui?
E a minha resposta vem sempre derrubando e atropelando a pergunta. Não é uma resposta falada, não é caso pensado, é a resposta sentida. E essas são sempre as mais profundas que teremos em nossas vidas.
Sim, eu amo essa rotina louca, esse tempo tão curto do cotidiano jornalístico!
"Oi, eu acabei de entrar na redação e noossssa já são quatro da tarde!"
Frases como essa são clichês no meu dia agora.
Não me vejo fazendo outra coisa. Eu gosto, ou melhor, sou apaixonada! Me dedico, me doou, estremeço quando alg pode dar errado mas vibro intensamente quando ele dá certo.
É assim, um misto de glórias efêmeras e frustrações certas. Mas e daí?
Não tem sono melhor que o sono do dever cumprido!
Não tem sensação melhor do que aquela que a gente sente quando faz o que gosta.
E na verdade eu nunca tive muita escolha, porque desde muito pequena eu me via jornalista.
E agora aqui estou eu, me construindo, me lapidando, realizando o que antes era apenas um sonho.
Vou segura, com fé no que sinto, fé em mim mesma,guiada pelo meu coração e principalmente por Deus.
Que Jesus seja sempre minha luz e meu guia, que meus mentores e anjos me deem forças e me esclaresçam nessa jornada, e que minha família e meus amigos continuem sendo meus incentivos!
E lá vamos nós, eu e esse meu amor louco, minha paixão desvairada, meu caso mais casto e mais puro, o misto mais intenso de sentimentos, minha força motriz constante, caminhando juntos, nos amando e nos estapando com carinho, Eu e o Jornalismo!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Crescendo...

Crescer é algo estupidamente duro. Uso essa expressão porque por mais que as etapas do crescimento sejam divididas, a gente só dá conta do que é crescer depois que cresceu.
É rápido e bruto. Assim como um tapa, assim como acordar com um balde de água fria quando se está dormindo numa cama quentinha e sonhando com o mundo encantado.
A gente se dá conta que cresceu quando se pega andando sozinha, pensando que depois da aula a gente precisa cuidar da casa, estudar, ligar pra fulano, falar com beltrano, cuidar de si, e opa... cresci?
É...cresceu.
Sinto informar.
E você corre pro quarto procurar suas bonecas e elas não estão lá, primeiro porque você não está em casa, depois porque suas bonecas, barbies e panelinhas foram substituídas por cadernos, livros, vassouras, panelas de verdade, matérias, pautas, fontes, personagens.
Falando assim parece duro mesmo. E não vou negar, é duro sim.
Mas é claro que Deus, em Sua Bondade não nos faria passar por isso se não fosse necessário e também se não tivesse seu lado bom.
Alguém já disse " Tudo tem sem tempo" e realmente não dá pra ficar brincando de casinha quando um mundo lá fora chana por você. Mais que isso, não dá pra ficar brincando quando a voz dentro de você insiste em falar alto, gritar e te levar por caminhos que você jamais imaginou andar, mas que você vai, muitas vezes no escuro, mas a voz dentro de você ilumina qualquer viela, qualquer medo, qualquer possibilidade de desistência.
E voce segue confiante.
Você se vê diferente, vê seus traços se transformarem com a sua mudança e passa a gostar.
E sabe aquele mundo que você idealizava, aquele mundo lindo com o trabalho que você sonhou, a familia, a realização, as viagens? Pois é, ele começa a ganhar forma. Um tijolinho de cada vez. É claro que a vida dá os acabamentos que necessitamos, mas tudo parece possível. E um mar de possibilidades, o futuro se abre diante dos nossos olhos.
O passado ganha as suas cores devidas, e dá vez pro novo, pro aqui e agora.
E você se faz como pessoa, como individuo, como cidadão, como humano, como espirito, como alma.
É, crescer não é tão ruim assim, e cada fase de nossas vidas tem o lado bom e o lado ruim, na realidade é tudo questão de ótica: tem o lado que a gente precisa aprender e o lado que a gente quer aprender.
E a vida ensina os dois...
Obrigada Vida, Obrigada Deus, Obrigada Família e Amados!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Frio da Paulista

Mais uma vez volto para lá, aquele lugar tem cheiro de liberdade, independência, confiaça em si mesmo.
Oi, Avenida Paulista, eu voltei!
O vento gelado batia em meu rosto, tão gelado quanto o vento da minha terrinha. As pessoas bem agasalhadas tinham seus cabelos jogados para tras e os olhos apertadinhos. Vento forte. Eu gosto de ventos assim.
Eles tiram de nós as nossas angústias e mágoas, e levam para um lugar distante, onde elas são convertidas em flores.
Em busca do bendito (pra não amaldiçoa-lo) jornal Zero Hora eu entrei em três bancas. E na banca da Gazeta eu o encontrei! Bingo!
Obrigada Papai do Céu, o Senhor é muito bondoso comigo!
Encomendei e pronto, missão cumprida.
Tão rápido que nem deu pra sentir o gostinho de estar lá. Então sai andando. A chuva deu o ar de sua graça, e com o vento forte, torcia e retorcia os guarda-chuvas de todo mundo. Para atravessar a rua me confrontava com uma porção deles, parecia até um musical da Broadway, Dançando na Chuva!
Caminhei até a estação Brigadeiro e de lá iniciei meu caminho de volta pra casa.
Dava tempo de ter tomado um cafézinho...rs
Agora estou em casa, escondida do frio e com uma doce e agradavel sensação de vida! É isso mesmo, eu vivo! Vivo e me faço viver, corro, vou atrás do que eu quero. Sigo meu coração, ele sabe por onde devo andar!
A minha jornada por aqui está se tornando cada vez mais gostosa, e já está ficando fácil voar por entre os edificios de São Paulo!
Obrigda a todos que me acompanham e me dão forças. Nada disso seria possível sem vocês!
Beijos e Fiquem com Deus!

terça-feira, 6 de abril de 2010

Ópera

A ópera, o palco, a soprano, os corações.
Um cenário que se monta na mente ao mínimo timbre.
A voz toca e desperta algo guardado no fundo da memória.
Um baú de vidas e sentimentos é remexido,
e o que era preto e branco ganha cores vivas.
Pianos, pompa, amor e cortinas vermelhas.
O brilho no colo das mulheres
O dinheiro no bolso dos homens
Sorrisos, farsas, promessas
O barítono, a vida, a verdade.
Jogos, intrigaa, paixões
Juras, castidade, mansões
Os olhos fitam o teatro
à procura de alguém que prometeu estar lá
E está. Não sabe da existência desse sentimento
E a voz afinada da soprano abafa as lágrimas
E a ópera canta o amor.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

De todo o coração!

Hoje o Sol nasceu tímido e pálido. As nuvens encobrem parte do céu. Ora ou outra um raio alcança mais que os outros, um feixe, mas não se atreve a extravasar e chamar a atenção. Ele sabe que hoje o luto toma conta de nossas cabeças.
Eu achei que hoje amenheceria chovendo, caindo o mundo, como uma chuva de dor e tristeza que lembra o dia em que você padeceu por nós.
Mas você é bom, você sabe que apesar de muitos de nós estarem regozijando o feriado benvindo, descansando em seus lares, outros, estão pegando na enxada, levantando cedo como nos dias normais, pegando o caminho das pedras pra conseguir o pão de cada dia. Você sabe que muitos terão que pegar ônibus, andar quilômetros, aguentar mais um dia de trabalho duro apesar do luto que vai em seus corações.
Você não desampara ninguém. E mesmo quando deixa a chuva cair alguma razão tem. Você é o Senhor da Vida.
Eu prefiro não lembrar desse dia com todos os seus detalhes. Alguns tem que assistir filmes, ver missas e afins pra se lembrar que você se sacrificou por nós. Eu respeito a verdade alheia, mas eu não preciso disso.
Basta acordar e sentir o coração coberto do manto do luto, sentir o choro embargar as palavras que escrevo pra saber de tudo que se passou num dia como este.
Pode até ser que não tenha sido esse dia necessariamente, mas a representação dele é forte demais, e não tem ignorar as orações que se levantam à ti.
Você foi o Mestre dos Mestres, Piedoso, Caridoso, o mais Amoroso que podia existir.
E mesmo sabendo de tudo que você passaria, mesmo sabendo que muitos de nós não compreenderiam ou ignorariam a tua mensagem, você se deixou ferir e morrer, por amor a nós!
Que nesse dia triste as luzes de todos os Globos possam ter mais forças para orar por ti, e principalmente pra repensar em tudo o que você passou e fez por nós!
Embora tudo pareça tão triste e as vezes perdido demais, saiba que o Seu Evangelho é mais forte e a Força do Seu Amor é que move a Terra e nossos corações! Tudo o que você nos disse perpetua e ecoa com força por todas as camadas e nós sabemos que um Tempo de Amor e Glória se aproxima do Nosso Globo!
Receba as nossas humildes homenagens e nossos miseráveis sacrificios de hoje com muito amor! Nós te louvaremos com toda força que há dentro de nós, pois sabemos, Você é a Verdade, o Amor e Vida, Jesus!

terça-feira, 30 de março de 2010

Tempo

O tempo vai depressa, o relógio é mais acelerado. Esse lugar já é parte de mim.Engraçado como as coisas acontecem depressa em nossas vidas.Ontem eu estava imaginando como seria morar fora de casa, fazer uma faculdade. Hoje eu vivo essa realidade, e ela é tão real, tão minha, tão verdadeira que chega a ser estranho e assustador como a vida fez tudo acontecer no seu devido ritmo.Às vezes eu acordo e penso: " Nossa, eu já estou aqui! Isso que eu imaginava já é real!"O sonho virou verdade muito mais depressa que eu imaginava. Não com todos os detalhes que eu queria, mas da maneira que devia ser.Devagar as coisas vão se encaixando, e as peças sem forma do quebra-cabeça vão dando espaço a uma linda paisagem. E adiante eu vejo, novas peças sendo projetadas com o passar dos dias, e eu sei que muito mais rápido do que eu puder imaginar elas também terão tomado sua forma.E a vida é assim, cabe a nós aproveitar e aprender o máximo que ela tiver pra nos ensinar!Um beijo a todos, e uma ótima semana!

terça-feira, 23 de março de 2010

Chuva vs.chuveiro

Água fria só é boa no calor. Água fria e humor ruim são quase que sinônimos quando não se tem chuveiro.
Quando eu conto as pessoas riem. Mas não foi rindo que eu tomei banho gelado ontem, mas agora, só de contar, eu estou rindo.
Hoje eu fui comprar um chuveiro. Um tanto mais caro, mas um chuveiro bom. Não quero tomar banho de conta-gotas, já me bastou a bica de ontem.
E antes de sair de casa uma chuva fez o céu desabar, e um raio caiu muito próximo da minha casa.
As árvores dançavam o ritmo do vendo enraivecido. As gotas d'água eram muitas. Lançavam-se com força, molhando tudo e a todos.
As janelas batiam, e eu tenho medo que qualquer dia o vidro não aguente o vento.
Eu assistia o espetáculo feroz da chuva olhando para o relógio. Do lado de lá o chuveiro me aguardava.
Agora a chuva pasou, o chuveiro está comprado. E eu tenho algumas coisas pra fazer mas que podem ser feitas amanhã.
Saudades da minha casa, da minha família, mamily, babily, Dan, todo mundo!
Fiquem com Deus!

terça-feira, 16 de março de 2010

Escutando o coração

A cada dia eu tenho mais certeza que devo escutar meu coração.
Devo saber ouvir o que ele tem pra me dizer, e quando disser não devo negá-lo. Negar meu coração é o mesmo que negar a mim mesma, minha essência, minha alma.
E quando me nego fico triste, desamparada e insatisfeita com tudo. Na verdade a gente se nega por medo. Medo do que pode acontecer, medo do que vai fazer, do que tem a ganhar, a perder, medo de inovar, apostar. Medo do que os outros vão pensar.
Mas quando a gente pensa em se negar, quando a gente insiste em calar o coração da gente, botar uma mordaça nele pra ver se ele fica quieto, aparecem pessoas dispostas a soltar essa mordaça. A dar força pro que vem de dentro da gente. Pessoas que às vezes nem conhecemos, mas que por algum motivo acreditam em nós. Pessoas que deixam falar os seus corações, e sendo assim fazem com que deixemos o nosso falar também.
E de coração pra coração a linguagem é natural, serena, casta e infinita.
A linguagem do coração é a mais pura, e ultrapassa os limites do espaço físico. Na verdade ela ultrapassa todos os limites.
E assim nos soltamos nossas amarras, tiramos a mordaça do nosso coração, deixamos ele falar, e mais do que isso, ouvimos o que ele diz.
Falando assim parece muito fácil. Mas não é não.
Escutar e deixar falar o que vai dentro de nós é difícil. E mesmo quando nos permitimos tal movimento sempre existem pessoas que nos julgam, nos interpretam mal, fazem do que saí do nosso coração uma piada, uma chacota.
Essas pessoas tem a alma com uma bola de ferro presa aos pés. Tem o coração trancafiado pelas aparências e pelo ego, tem a essência obscura pelo medo de ser quem realmente é. São pessoas que se conhecem pouco, o que conhecem de si é apenas o que ouviram os outros falar. Mas não tem problema não, porque quem escuta o próprio coração sabe que o futuro de uma humanidade harmônica é a voz do coração!
Hoje eu sou mais feliz por ter ouvido meu coração, e mais que isso, sou feliz porque pessoas que eu jamais imaginei me ajudaram a ouvir e a traduzir o que ele tinha pra me dizer! Pessoas que confiaram em mim, que acreditam que por trás dos meus olhos existe algo bom, algo que pode ajudar! E eu sempre quis transmitir isso pra todos aqueles que cruzam ou cruzaram meu caminho!
Que eu seja digna dessa ajuda, desse chamado, dessa confiança! E que eu possa fazer e dar o meu melhor em tudo!
Que eu tenha sabedoria, discernimento, justiça, serenidade, força, fé, coragem e ouvis pra ouvir meu coração, nessa jornada que apenas se inicia!
Obrigada a todos que confiaram em mim!
um beijo
fiquem com Deus!

terça-feira, 9 de março de 2010

Em paz

É engraçado como as coisas mudam conforme nosso estado de espírito. Se você está procurando a chave porque está atrasada, e pra piorar está nervosa, é quase uma certeza de que você vai demorar pelo menos uns dez minutos a mais pra achar a chave.
Agora experimenta estar zen, ou pelo menos fazer uma forcinha pra manter a mente limpa e o coração em paz. Ah, é batata, amiga! Olha a chave ali! (risos)
Digo isso porque aconteceu comigo. Ontem estava procurando um lugar X. Estava nervosa, com os olhos marejados e o coração angustiado. Achei o lugar, mas demorei muito mais do que esperava, me perdi antes de econtrá-lo, e sai de lá correndo.
Hoje eu fui procurar um lugar, e por coincidência ( ou não), era o mesmo lugar de ontem. Mas hoje foi mais rápido, mais fácil e mais claro.
O lugar pareceu até mais receptivo, em termos.
Quando acontece coisas assim eu vejo ainda mais claro que o problema da situação quase sempre não é externo, é interno. O problema somos nós.
Nós somos afoitos e aflitos, achamos que o mundo tem que dançat conforme a nossa música, e se não dançar o mundo é errado. Não!
Nós somos bem pequenos quando pensamos assim. Digo isso porque muitas vezes eu penso assim também, mas quando a gente está com a mente lúcida, podemos ver melhor o que vai a nossa volta, e principalmente, o que vai dentro de nós.
Hoje eu estou mais tranquila comigo mesma. Estou mais feliz.
Hoje, no meu soninho após o almoço, eu tive um dos melhores sonos da minha vida. Dormi pesado e beeem gotoso...rs
Sei que a vida não é fácil, sei mesmo. As vezes dá vontade de fugir de tudo e de todos, a vezes da vontade de chorar, mas temos que fazer uma forcinha pra perceber em cada dificuldade, uma melhoria pra nós, um obstáculo a transpassar, não um problema eterno. A vida sempre tem algo a nos ensinar mesmo nas piores das situações. Basta termos sensibilidade e estarmos com o coração casto, sereno, em paz para percebermos.
Um beijo a todos vocês.
Fiquem em paz


ps: saudade de todos em casa! amo vocês!

segunda-feira, 8 de março de 2010

Passos incertos por um lugar desconhecido. Guiada pela fé de que iria encontrar um lugar pra confortar suas angústias.
Olhos rasos d'água, coração apertado batendo angustiado. Na nossa sociedade o Capitalismo já engoliu todo mundo, e se você entra numa banca pra pedir informação e não pra comprar uma revista, então você é recebido com cara feia.
E ia andando, buscando, certa de que a fé move montanhas, e poderia levá-la onde queria chegar. Num sebo perguntou de novo, e a mulher foi gentil, mas gentileza não basta quando se quer saber a localidade exata. Soube explica até, e ela encontrou.
Anotou o telefone e saiu rápido, voltou para casa. E agora está na frente do computador, mais aliviada. A internet é uma obra divina, pensou - achou o que procurava.
Agora o coração bate mais leve, mas o compromisso não.
Não sabemos o que escolhemos antes de vir pra cá. Não sabemos do nosso futuro, muito menos do destino.
Ela sabe que escolheu algo muito além do que pode imaginar, e agora ela é chamada para realizar isso. De que forma, não sabe. Segue seu coração, guiada sempre pela fé e por anjos iluminados que jamais a deixam sozinha. Anjos que afastam tudo que é ruim. E com o livro essencial para sua doutrina, sente-se mais calma e aliviada. As palavras que saem dele são bomo bálsamo numa ferida aberta. É como o beijo de mãe num dia angustiante. É o abraço e a luz que se espera do Alto.
É dificil conter as emoções, mas algo muito forte está chamando por ela. E agora, sabendo onde deve ir, graças ao querido Dr. Rezende e a internet, ela vai.
E vai com o coração certo, a mente nem tão tranquila, mas um pouco mais serena, e a fé de que é guiada por algo maior, algo mais forte. Algo que vem de Deus.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Doce tranquilidade

Saindo daquele lugar de luz, frente as árvores, sentindo o cheiro das flores, uma sensação conhecida me invadiu o coração e me encheu de felicidade.
Mas que sensação é essa?
Ouso dizer que eu já a senti, ela me é conhecida. Mas como, quando, onde?
Queria saber da onde vem essa paz, o que é esse sentimento bom. Queria mesmo passar o resto da vida sentindo isso.
Um mar de cenas, um filme intenso e logo não vi nada. Não podia nem lembrar do que tinha pensado a cinco segundos. A vida é mesmo engraçada.
Hoje estou no aconchego do meu lar. Isso mesmo, lar. Porque há uma sutil diferença entre lar e casa.
Aqui é meu lar. Mas eu espero um dia ter um outro lar meu também.
Hoje as horas passam mais tranquilas, o ar que eu respiro é mais puro, os sons são mais baixos, a cabeça mais vazia.
Mesmo tendo uma infinidade de coisas pra ler, eu estou com a mente sossegada, casta, serena.
Tranquilidade é um raro e precioso momento na vida das pessoas. Principalmente daquelas que escolheram a profissão que eu escolhi. Então, para nós, ela tem um sabor diferente.
É como um doce que apreciamos muito, mas que é pouco, quase não tem.
Um potinho e o doce. A colher de sobremesa vai delicada, pega-o aos pouquinhos, com medo que ele acabe. O paladar desfruta com redenção, aproveitando cada segundo daquele sabor que tem hora pra acabar. E quando acaba respiramos fundo, vemos que tudo foi feito para que aproveitassemos cada instante daquele instante sublime e adocicado. E aproveitamos.
Assim é a tranquilidade. E hoje minha colher de sobremesa vai delicada, e eu saboreio cada momento dessa doce tranquilidade.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Passadinha

To passando rapidinho só pra deixar uma marquinha por aqui e comentar umas coisinhas do meu dia de hoje.
Hoje tivemos aula da Meg (L), e consequentemente a correção do texto da Chapeuzinho. Confesso que esperava um belo X do tamanho do mundo, mas tinham algumas observações e outras anotações. Confesso que eu ri quando li. Depois se der eu posto aqui.
Hoje é dia de surpresas e que elas sejam as melhores possíveis. Tá meio corrido por aqui, porque to fazendo uma pesquisa pra segunda-feira, e tenho livros pra ler.
Hoje comi pão francês *.* ! Ahhh que delícia meu, não aguentava mais comer bisnaguinha! Hahaha. A gente passa dar valor pra coisas tão simples, que parecem insignificantes, mas passa duas semanas só a base de bisnaguinha no café da manhã. Você vai entender o que estou dizendo e vai querer socar o menininho da Panco!
Bom gente, é isso aí... Amanhã já tô de volta pra terrinha! Deixem recadinhos!
Beijos e obrigada a todos pelo carinho e pela força!
um beijo enorme
Gabi

terça-feira, 2 de março de 2010

Céu cinza e luz pelos cantos

O tempo deu uma guinada e o cinza toma conta do céu. O calor do Saara deu uma trégua, o que abriu espaço para cochiladas depois do almoço. Hoje passei da conta, dormi até três e meia da tarde. Vim correndo pra faculdade ver os materias disponíveis no SIGA e escrever. A louça do almoço me aguarda e tenho pensado seriamente em comprar uma panela de arroz japones. Além de sair do jeito que eu gosto, grudadinho, faz menos sujeira, e não dá pra errar. Ontem meu arroz saiu duro, hoje saiu salgado demais! Ai que saudade da Jacira! rs....
Pelo menos tem comida caseira pra uma semana e isso me deixa feliz! Essa vida fora de casa é mesmo cômica!
Esses dias a palavra P.I circula na minha cabeça e não me deixa pensar em muitas coisas que não seja ela. Mas pelo jeito vamos aprender muito com esse tal de P.I, pelo menos é o que parece.
A semana estava tranquila até hoje de manhã, tenho me mantido calma, e com o coração feliz, esperando bons ventos que sopram da minha casa. To aprendendo a lidar com essa tal de ansiedade.
Ontem fiz "faxina" em casa, varri e passei pano em tudo, limpei tudo, menos o fogão, que me deixa de cabelos em pé. Aceito sugestões de como limpar um fogão em muito sofrimento!
E as unhas? Unhas perfeitas a semana toda, nunca mais! Não mesmo! A coisa só tende a piorar! E mesmo usando luvas de borracha, é dificil que não saia uma só lasquinha.
Hoje não tem nada de muito emocionante pra dizer, mesmo eu quisesse, não posso, como eu disse to aprendendo a segurar a ansiedade.
Espero mesmo que Deus mande toda sua luz e seu amor, e que faça de nos dê essa oportunidade única. Só de falar me arrepio toda e fico com um nó de saudade na garganta. Mas Deus sabe o que faz, e Ele só faz o que é melhor pra nós!
Um beijo a todos e vamos torcer para que nossas vidas sejam carregadas de boas noticias!
Fiquem com Deus!
Gabi

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Chuva

Fugindo da chuva e da monotonia. Procurando driblar o que não me deixa com um sorriso nos lábios.
Comprar aquela salada ontem foi um belo investimento, e minha mãe não vai acreditar, mas tinha rúcula na salada e eu comi. (risos)
Comi mesmo, porque quando você mora sozinha não tem ninguém pra te dizer "coma alface"! Até tem, a mãe, o namorado, eles sempre falam pra eu comer direito. Mas se eu não quiser eu não vou comer, e eles nem vão ficar sabendo. Mas não adianta, quem eu quero enganar com isso.
O resultado dessa mentira seriam 8 kg visíveis, e eu to fora.
To dando um gás nessa minha vida, me virando, até na aula de jump, localizada e alongamento eu vou me matricular. A gente precisa se cuidar.
Eu adaptei uma frase pra essa fase da minha vida e é a seguinte: A liberdade tem seu preço.
Tem mesmo. Nada é de graça, nem abrir as asas e voar. O pedágio é sentimental.
Quando chovia muito eu ia pro quarto da minha mãe, mas ontem a noite caiu o mundo e eu estava sozinha, praticamente.
Abri os olhos e da janela da sala, onde eu tenho dormido, podia ver o céu escuro e laranja. Laranja! Nossa, me apavorei.
O vento batia forte, dava até pra ver que direção ele ia porque a água acompanhava, e as árvores que tem ali perto balançavam muito.
A janela parecia que ia quebrar com o vento, e a porta só não abriu porque a minha mala segurava. Tive medo, não conseguia dormir de novo. Mas de repente, capotei.
Acordei e o céu estava nublado. Garoava lá fora, o que me deu uma leve sensação de alívio, porque o calor que tem feito ninguém merece!
Fui pra aula. Posso dizer que hoje é um dos dias da semana que eu gosto mais, primeiro porque tenho aula de TV e Rádio, com professores muito fodas, se me permitem. E porque é o dia que volto pra casa. Mas hoje, excepcionalmente não volto pra casa. O dever acadêmico me chama amanhã cedo, a mim e a todos os estudantes de jornalismo do primeiro semestre, teremos a apresentação do P.I , Projeto Integrado.
Hoje eu dormi a tarde. Dei uma cochilada depois do almoço, do meio dia e pouco até as duas e meia da tarde. Acordei revigorada, e ai se não acordasse, porque pra lavar aquela frigideira precisei de muita força de vontade! hahaha! Foi no mínimo cômico.
O arroz com batatinha que eu fiz ontem na hora do almoço rendeu até o almoço de hoje, e a salada que eu comprei ontem a noite ainda tem na geladeira.
To me acostumando com essa coisa de "dar meus pulos", mas é claro que as vezes da preguiça e saudade de tudo.
Mas enfim, a gente escolhe o que acredita ser o melhor pra gente. E eu escolhi abrir minhas asas e voar.
Como eu digo, a liberdade tem seu preço.
Aproveito esse post pra agradecer o amor e o carinho de todos que me acompanham nessa jornada, e desejar que sejam igualmente felizes.
A gente se fala por aqui...
um beijo a todos
Gabi!

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Av. Paulista

Eu tinha me decidido, ia encarar a Av. Paulista sozinha.
Precisava dos livros que os professores haviam me pedido, e na Paulista tem uma Livraria Cultura, onde o cartão fidelidade nos garante um desconto confortante para o bolso, principalmente o meu bolso universitário.
Comuniquei aqueles que precisava, vesti minha armadura, me enchi de vontade e coragem e lá vamos nós.
O ônibus não demorou a chegar, e logo eu estava sentada a caminho do metrô. Foi fácil, alguns amigos explicaram-me o caminho, e como mulher não tem medo de pedir informação, lá fui eu.
A linha verde chegava no Trianon e para minha sorte eu estava na linha verde! Bingo! A vida a meu favor.
E lá fui eu, com uma sensação quase indescritível.
Uma sensação pura e clara, uma liberdade, uma responsabilidade que jamais havia sentido. Era dona de mim.
Me confortava pensar que com pequenos passeios como esses, pequenas iniciativas que eu tomava no meu dia-a-dia eu começava a construir o meu futuro, o alicerce de tudo aquilo que eu quero pra mim.
Imaginava que conhecendo São Paulo, quando tivesse filhos, eu os levaria para conhecer os lugares, aqueles que me marcaram, lhe contaria minhas histórias, e meu marido ( quem sabe o Grande Noni, rs) iria sentir-se feliz por ter uma mulher que tem as rédeas da própria vida.
E a cada estação que eu passava o coração acelerava. E de repente havia chego.
A melhor sensação foi quando fui subindo as escadas do metrô, deixando a escuridão subterrânea e dando espaço ao sol, ao sol da Paulista.
E voilá!
O céu não é limite! Caminhei satisfeita, com passos certeiros de quem era dona dos próprios pés. Sorria ao pensar que aqueles que eu amava foram os incitadores desse tipo de atitude, e eu podia corresponder a dedicação e a coragem que depositaram em mim.
Fui até o Conjunto Nacional. Lá a Livraria Cultura me esperava. Linda, senhora magnânima, ilustríssima.
Comprei os livros, e ao sair da Cultura fiquei dando voltas dentro do Conjunto Nacional. Agora era a minha vez de voar.
Então a responsabilidade bateu a porta, e voltei até a estação de metrô pra voltar pra casa.
Foi uma experiência incrível. Inovar, voar.
E espero que venham muitas como essas. Os voos estão só começando.
Obrigada a todos aqueles que dedicam seu amor a mim, vocês fortalecem minhas asas a cada dia!

Dia

Não tenho tido muito tempo e espaço pra escrever por aqui. A vontade não me falta e a necessidade bate a porta. Por conta disso comprei um caderno. Ele tem a capa amarela e cheia de borboletas pra me lembrar que por mais dificil que tudo pareça e por mais cansativo que seja, eu tenho asas e elas não foram feitas para outra coisa que não fosse voar.
Hoje o dia foi bastante interessante.
Só tenho professores bons e dedicados, alguns deles são bons demais. Admiráveis.
Em suas aulas me sento na frente, com a mente sedenta de conhecimento, pronta pra beber o que escorre de suas palavras.
Hoje meu coração apertou de saudade. Havia acordada gastricamente indiposta, e não tinha ninguém pra fazer arroz com batatinha pra mim. Pois bem, fiz eu mesma.
Fui até o supermercado, comprei batatas, maça, legumes picadinhos, leite que estava faltandoe bisnaguinhas. Cheguei em casa coloquei o avental e mãos a obra. Primeiro o arroz ficou duro. Coloquei mais água. Depois acertei.
Nunca havia refogado legumes, confesso que me surpreendi com o resultado, pois ficaram bons.
A chuva ameaçava lá fora, e eu estava ansiosa pra vir logo pra cá, escrever, ver os materias disponíveis no site da faculdade e acessar o twitter. A água caiu do céu, e dos meus olhos também.
Não queria ficar em casa. Não! Ia na chuva.
E O Grande Noni como semrpe incitou-me a voar, mesmo em meio aos trovões e as gotas grossas que desciam do céu. E eu fui.
Escondida da chuva, cheguei até aqui. Ufa!
Anotei as coisinhas de filosofia, vi os e-mails, vi as materias e os materias.
E a vontade de escrever bateu forte. Apesar de todo o barulho aqui no laboratório, parece que estou num lugar calmo e tranquilo, num campo verde e amigo, eu e o sol, as flores e toda beleza do mundo escrevendo. Quando estamos em paz conosco, quando queremos ficar em paz conosco, nada pode nos afetar, porque não deixamos, não queremos.
E ao começar a escrever sinto que isso aqui devia ser um diário. É sim, devia fazer mais força pra vir aqui escrever.
Bom, depois dessa me animei. Aguardem o próximo texto!
Beijos e fiquem com Deus.
saudades de todos!
Gabi

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Coração pisado

Passos vazios por uma calçada qualquer. Um coração pisado, que tenta se reanimar com palavras de como se nada tivesse acontecido.
O incerto e o certo como se fossem a mesma coisa.
Já não sabe o que diz, me deixa com a cabeça pra baixo, o coração nas mãos e as pernas fracas.
Onde você quer chegar assim?
Você enxe meus ouvidos de lodo, meu coração de chutes e apertos, e depois age como se não tivesse dito nada, e como se eu fosse louca, insana e tivesse inventado tudo que eu ouvi...
Eu não posso estar no meu juízo perfeito, mas eu sei muito bem o que ouço.
Todas as vezes eu tenho que cicatrizar o meu coração das feridas que você faz nele com suas palavras.
Dói a cada agressividade sua. Você não pensa, não tem um filtro entre sua cabeça e sua boca, vai falando, vomitando tudo o que se passa pela sua cabeça naquele momento.
Suas palavras são como cacos de vidro, e elas perfuram meu coração, dói e eu choro.
E você acha que eu estou tendo mais um chilique.
E depois de todos os cortes, arranhões, você age docemente, e eu que me vire pra esquecer o que você disse, eu que me vire pra perdoar a sua agressividade, eu que me vire pra tirar o lodo dos ouvidos e os cacos do coração. Eu que limpe a bagunça que você fez com o que eu sinto por você.
Eu sinto em dizer, mas acho mesmo que as pessoas não estão preparadas pro amor que eu tenho dentro de mim.
Não é a primeira vez que isso acontece e receio que não seja a última.
Eu só espero que você pensa duas vezes antes de me agredir com as suas palavras, pense duas vezes antes de dizer que eu que estou fazendo maluquices e criando situações.
Eu só espero que meu coração não seja mais maltratado por você, e que você pense que o que eu te dei é só seu, então, por favor, não perca, nem jogue fora.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Donos do destino

Coração inquieto e apertado de novo. Não tenho mais um momento de paz.
Tudo está de ponta cabeça, nada se resolve, apenas se complica. Às vezes penso que pode até ser praga...rs
Mas não é. Tudo que acontece a nossa volta, por mais imbecil que pareça é nossa culpa.
Somos os únicos responsáveis por tudo que nos acontece. Fizemos alguma coisa, seja aqui, seja em outra vida, espaço e tempo, para que isso ou aquilo aconteça.
Não somos inocentes. Somos responsáveis pelo nosso destino.
E por mais que as pessoas digam que tem coisas predestinadas, essas mesmas coisas também foram escolhidas por nós, senão aqui, em algum outro lugar, em outro tempo.
É claro que é muito mais fácil culpar o externo, atribuir suas inquietudes aqueles que nos rodeiam. É muito mais fácil botar a culpa na vida.
A vida é movimento, mas nós agimos nela, e somos inteiramente responsáveis pelo que nos acontece. Somos donos dos nossos destinos.
Por mais que pareça difícil compreender, quando nos acontece algo, bom ou ruim, antes de procurar uma razão externa para atribuir-lhe sentido, devemos, primeiro, olhar para dentro de nós. Analisar nossas ações, nosso comportamento, tudo aquilo que nos pertence, e pensar se realmente aquilo não foi consequência de algo que causamos.
O pior dessa história toda é disciplinar a mente e a emoção, dizer a elas que somos sim responsáveis, e fazer com que elas parem de procurar culpados e terceiros sempre que nos acontece algo.
Temos que ter a mente organizada e limpa, para que tudo fique mais claro, e possamos atribuir a nos mesmos o que nos ocorre, e então procurar mudar aquilo que nos incomoda.
A vida é feita de escolhas, e você faz suas escolhas. Mas suas escolhas fazem de você o que você é.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Acordada

A chuva cai silenciosa do lado de fora da minha janela, quase imperceptível aos meus ouvidos.
Eu torno todos os dias do meu mundo de sonhos. E a realidade é a melhor que se pode ser, posto que é realidade.
Não posso voar, não posso ser tão rápida quanto a luz, não posso ter pessoas a minha disposição, fazendo o que eu quero o tempo todo, não posso fazer com que elas sintam o que eu desejo, não posso visitar outras esferas além daqui, não posso viver como num sonho.
Mas posso melhorar a minha realidade a cada dia. Posso não me conformar em andar só com os pés presos na superfície, posso tentar mudar o que as pessoas pensam de mim com atitudes, pensamentos e colocações. Posso acordar a cada dia e escrever mais um pedacinho da minha história, da melhor maneira possível, posso tecer meus desejos e meus sonhos nas minhas atitudes do cotidiano.
Posso dormir e sonhar. Ou posso ficar maior parte do tempo acordada, buscando, fazendo, realizando tudo o que puder para concretizar os meus sonhos.
Nos sonhos somos despertados. Na realidade seremos despertados um dia também, mas aqui dá pra aproveitar mais...
Então é melhor abrir os olhos para o mundo de possibilidades que se realizem a acontecem diante de mim.
É melhor me manter acordada!
É melhor viver!

Claire e seu diário

Claire e seu diário, abertos um para o outro nos primeiros raios de sol.
Claire havia sonhado de novo, sonhado com aquele moço, aquele homem, que insistia em aparecer em seus sonhos.
Claire acordava sorrindo e chorando. Sorrindo porque gostava de sonhar com ele, chorando porque não compreendia o porque de sonhar tanto com ele. Será que havia alguma explicação lógica?
A França parecia grande demais para Claire, e sempre que pensava no amor, tinha vontade de visitar uma cartomante, mas ela nunca tinha coragem.
Tinha medo do que poderia ouvir, e sendo de família muito religiosa, iriam crucificá-la se soubessem da sua visita a uma cartomante.
Ficava ali, ela o diário, em confissões que só as páginas dele sabiam, e outras que Claire nem ousava escrever.
" E se você disser algo pra alguém, diário?"
" Não direi, só se você me pedir."
E ficavam por isso mesmo.
O dia passou devagar, e a hora de dormir era sagrada para Claire. Sagrada e assustadora.
"Será que vou sonhar com ele de novo?"
E Claire acordava de novo. Sentia-se perturbada muitas vezes, mas sabia que aquele sorriso amigo trazia ondas indecifráveis e incompreensíveis para seu coração.
De qualquer forma, ao acordar abria seu diário, e ele sorria para Claire:
" Ele de novo? Por que?"
" Não sei, diário, não sei..."

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Recomeço, reconciliação e perdão

Eu admiro as pessoas que recomeçam. Admiro mesmo.
Aquelas pessoas que mesmo tendo passado horrores em suas vidas, dão a volta por cima e recomeçam.
Aquelas pessoas que mesmo tendo perdido um filho, tentam outro.
Aquelas pessoas que mesmo tendo se divorciado, casam-se de novo.
Aquelas pessoas que mesmo tendo perdido o emprego dos sonhos, aventuram-se em outros novos.
Pessoas assim são pessoas que se abrem pra vida, pessoas que se entregam para novas oportunidades. Eu admiro as pessoas que querem ser felizes e se dão chances para tal.
É muito fácil se prostrar pelas dificuldades que se enfrentou, é muito fácil desanimar no primeiro tombo, e é muito mais fácil ficar ali caído, sem reação.
Difícil mesmo é levantar, olhar os machucados, lavá-los com água e sabão, sentí-los arder, mas ter a certeza de que eles vão sarar, e serão apenas cicatrizes.
Eu admiro as pessoas que se reconciliam de coração depois d eum grande desentendimento.
Os namorados, o marido e a mulher que fazem as pazes com muito amor depois de uma briga triste e feroz.
Eu admiro as pessoas que se reinventam, se refazem, recomeçam.
Eu admiro as pessoas que perdoam.
É muito fácil virar a cara, é muito fácil ignorar. Difícil mesmo é olhar nos olhos e dizer de coração: eu te perdoo. Difícil mesmo é esquecer o que passou, passar uma borracha nas palavras, deletar as besteiras que se ouviu. Tirar o lodo dos ouvidos e os espinhos do coração.
Mas com o passar do tempo a gente vai ficando com o coração mais sensível, e também mais criterioso.
A gente aprende que recomeçar é preciso, que se reconciliar é vital, e que perdoar é divino.

Primeiro rastro

Eu começo aqui os meus rastros, e quem quiser me acompanhar, seja bem vindo!
Recém saída do casulo, a vida aqui fora me oferece mil e uma possibilidades. Mas também, mil e uma responsabilidades.
A liberdade tem seu preço.
Hoje eu voo com as minhas próprias asas, não preciso que ninguém me carregue, mas certamente ainda preciso de colo, de carinho, de atenção.
Não é porque já tenho asas que sou emocionalmente preparada pra enfrentar tudo que está acontecendo na minha vida. Não!
Eu estou aprendendo, e muitas vezes na marra, como dizem por aí.
Não é fácil chegar num lugar estranho, com pessoas desconhecidas, peitar uma cidade nova, uma faculdade sozinha.
É preciso muita coragem e muita força. É preciso amor.
Amor daqueles que me acompanham, daqueles que se doam para que eu consiga viver essa fase da minha vida da melhor maneira possível, por mais duro que isso possa parecer pra eles.
Sei que tenho pessoas maravilhosas ao meu lado, e estou conhecendo pessoas maravilhosas também, que estarão ao meu lado.
Eu espero ter força pra enfrentar tudo o que vier. Que sejam chuvas, raios, sapos, corujas, ventos contrários, não importa!
Eu sou uma borboleta e e me farei digna das asas que recebi!
Obrigada a todos que me acompanharam, e prometo que os rastros de tinta serão igualmente interessantes, ou melhores que os rabiscos da parede do casulo! Serão novas histórias, novos aprendizados!
Vamos nessa, vamos voar!