terça-feira, 11 de maio de 2010

Gente!

O mundo feito de pessoas iguais e comuns.
Mundo monocromático e sem sal.
E aqueles que fogem da comodidade do normal só resta contar com o destino e com a lei da atração para que essa fabulosa força do Universo traga para essas almas excêntricas alguém parecido com elas.
Ora, por que é tão difícil ser diferente?
" Nasci na época errada", e toda vez que digo isso sempre ouço a mesma sonora e indiferente resposta: " Nasceu mesmo." E pra piorar a situação sempre ouço isso de pessoas que se dizem esclarecidas, lúcidas e a par do sistema.
Ironia? Acho que é falta de auto-conhecimento mesmo.
Viver numa cidade como São Paulo, onde a diversidade das faces é maior, a gente dá a sorte de encontrar pessoas mais parecidas com a gente.
O destino foi gentil comigo e me trouxe alguém muito parecido comigo, tão parecido que já ouvimos algumas vezes a frase quase irônica " Vocês são irmãos?"
Não, minha senhora, irmãos não namoram, isso é incesto e na minha terra isso é muito feio!
Por sorte, também tenho amigos ditos esquisitos, mas que são apenas pessoas que fogem do comum, ainda bem. Não que eu não tenha amigos normais, mas bem a verdade mesmo, de perto ninguém é normal.
E com o passar dos dias aqui eu tenho encontrado mais pessoas assim, e chego a feliz constatação de que nem tudo está perdido, e de que não sou a única pessoa que não é "normal" que conheço.
E se querem saber, eu prefiro ser diferente do que viver como um zumbi, um morto-vivo, seguindo o ritmo da música, assim como os zumbis de "Thriller", do brilhante rei do pop.
Eu prefiro ser tachada disso ou daquilo do que ser uma pessoa morna, sem opinião, sem movimento.
Eu gosto mesmo das pessoas que fazem por merecer o dom da vida, das pessoas que falam, que se exercitam seus pensamentos, que agem com o coração.
Pessoas que não se conformam, que se indignam, que lutam, que saber fazer barulho mas também conhecem o valor do silêncio.
Eu gosto de gente ativa, gente viva, gente que sabe viver.
Gosto de pessoas que são humanas, humanos que são gente.
E felizment o Universo se encarrega de aproximar essas pessoas que vivem, e por mais dificil que as coisas pareçam agora, sempre há uma esperança, um feixe de luz que me faz acreditar que um dia o mundo será só de pessoas assim, pessoas humanas, pessoas que são gente.

2 comentários:

  1. Sim encontraremos um meio termo para isso, quando lograrmos extrair de nós mesmos o que procurmos encontrar no outro.

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  2. Gabizinha, você com suas palavras sempre muito doces, eu me sinto sem resposta. Sem resposta, sobretudo, pelo seu carinho.
    Às vezes, também me identifico muito com você e posso até sentir um conforto, uma segurança quando você me escreve.
    Há sempre essa sensação de ser tranquilizada pelo algo que estou passando.
    Fico sem entender se você o consegue fazer por já ter vivenciado o que estou passando, ou se é um mero dom, uma magia nas suas palavras.
    Quem sabe um pouco dos dois.
    Sei que, principalmente agora, você deve estar sem tempo para nada. Mas vou te confessar que um desejo meu é um dia te encontrar pessoalmente, pois tenho um carinho muito grande por você.

    E quanto ao texto (de que eu emprestei um espacinho), acredito mesmo que exista esse fragmento de humanismo em cada pessoa. Existe sempre um pouco de gente em cada um. Aguns usam desse pedacinho, outros resolvem guardar para si, ou até mesmo esconder muuuito bem escondido. Paciência, né?

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