segunda-feira, 28 de junho de 2010

NONI!


Um ano. O que é um ano? Quanto tempo é um ano? O que dá pra fazer em um ano?
Nossa. A gente muda tanto em um ano! Tanta coisa pode acontecer.
Pessoas podem se conhecer e se casar em um ano.
Crianças podem ser concebidas e nascer em um ano.
Outros ainda podem adoecer e morrer em um ano.
Governantes podem aparecer, novas epidemias podem surgir, uma nova cura pra uma doença pode surgir também em um ano.
A gente pode ler cinquenta livros em um ano, ou pode mesmo ler um livro em um ano.
Pode aprender tanta coisa em um ano.
Com um ano uma criança ainda é um bebê, mas é um pedacinho de gente que já é tão amado. E por mais que essa criança de um ano não fale tudo, não saiba andar direito, é nessa tenra idade que começamos ver o seu potencial. E mesmo tendo apenas um ano, nós já a amamos por uma vida!
E já faz mais de um ano que eu sei o que é o amor.
Ele chegou, e não chegou de repente não. Chegou chutando as portas, quebrando barreiras, transformando tudo à sua volta. Mudou a minha vida, me trouxe a vida pra viver.
Aprendi coisas, conheci lugares, pessoas, novas dimensões. Fui muito mais além do que pensei que podia.
Descobri horizontes, me descobri.
Aprendi o sentido real da palavra amor.
Amor é doação, compreensão e carinho.
Amor é o dia a dia, é a distância, são as famílias.
Amor é a convivência, os amigos, as viagens, a estrada e o colo.
Amor é o sentir, as sensações e os sentimentos. O respeito e a fidelidade.
Amor é aceitar as diferenças, aprender a conviver com elas, respeitá-las.
Festejar as semelhanças e rir com a intensidade delas.
Amor é você. Amor sou eu.
Amor é tudo o que vivemos, todas as descobertas mágicas que fizemos.
Amor é o nosso amadurecimento nessa estrada juntos.
Amor é o apoio que você me dá incansavelmente, é você ser assim, do jeito que você é.
Amor é o jeito que você me trata e como me conquista à cada dia.
Não importa as dificuldades que passamos, mas sim tudo que superamos.
E sabemos que ainda teremos algumas delas pela frente, mas o nosso amor é muito mais forte, o nosso amor é tudo isso e muito mais.
Obrigada por ter me ensinado tanta coisa que não dá nem pra falar, é muita coisa mesmo. Obrigada por me amar, por fazer com que eu me sinta amada e querida todos os dias.
Obrigada por me ensinar e por aprender comigo.
Obrigada por ser o Meu Noni por todo esse tempo e espero do fundo do meu coração que nós sejamos do Nonis di Didones por muuuiiito tempo, até o infinito e além!
Obrigada por ser meu amos, meu amigo, meu confidente, companheiro, ouvinte, falante, amante, luz, dia, noite, por ser você, por ser Didone, por ser Nonó, por ser NONI!
E esse é o primeiro de muitos anos!
E que venham uma porção deles por aí!
E nós sabemos que nem o tempo e nem o espaço são limites!
Eu te amo muito e cada vez mais!

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Causas Nobres

Os princípios e os sonhos se foram com os anos. Os ideais e as conquistas ficaram esquecidos no tempo.
Nós não temos mais causas nobres para defender.
Não temos mais escravos para libertar, não temos que lutar pelo fim do Império e pelo nascimento da República.
Não temos que lutar contra ditadura alguma.
Não temos que reinvindicar os direitos das mulheres.
Não temos Anita Garibaldi para nos conduzir até um sonho republicano. E também não temos grandes pensadores como Rousseau para nos inspirar.
Não somos mais os sans-cullotes, nem cristãos que se entregam ao suplício e a cova dos leões em nome de algo maior que acreditamos.
Não temos que lutar por nada que valha coragem, esforço, dedicação e sonhos.
Nós não temos mais causas nobre pra defender.
Nós não temos mais causas nobres pra defender?
Temos sim. E muitas.
Acontece que as causas nobres que buscamos estão escondidas, camufladas pelo comodismo que nos assola e também as nossas vidas. O comodismo que o capitalismo e a modernidade nos trouxeram, que apagaram em nós a chama que muitos morreram defendendo.
A chama que não tem nome, nem cor, nem raça, nem definição. Chama que acende onde houver um sonho, uma esperança, um ideal.
Uma chama sem religião mas que está em todos os cultos de boa fé.
Chama que aquece os corações oprimidos e esquecidos.
As causas nobres estão aí, é só nós tirarmos a venda imposta e colocada aos nossos olhos e vermos com clareza que o mal que assola o mundo não desapareceu.
Ainda temos pessoas que vivem em situações piores do que a da escravidão. Pessoas que vivem em situações tão ou mais degradantes que dos escravos de outrora. Pessoas que não conhecem a maestria sobre suas próprias vidas, que são açoitadas, que dormem no chão e são discriminadas pela cor. Escravos sim. E eles precisam, não de carta de alforria, mas precisam ser vistos, compreendidos e livrados dessas condições desumanas. Precisam de dignidade.
O Império está aí para quem quiser ver, tão ou mais escroto e nojento do que os impérios passados. E o sonho da República ainda canta nos corações sinceros, porque eles sabem que isso aqui, que nós chamamos de República, tem de dela só o nome, porque a essência ficou esquecida e adormecida no passado.
As ditaduras impostas são calejantes, ditadura da rotina, da beleza, do comportamento. Ditaduras mil! E quem vai sair às ruas enfrentar o inimigo da liberdade, se o inimigo dorme, acorda e faz tudo conosco?
E será que mais uma vez as mulheres terão que queimar seus soutiens? Quem respeita as mulheres dentro de um ônibus apertado, com tantas pessoas? Não são elas as principais vítimas de abuso, estupro e tantas outras barbaridades?
Cadê o direito de ser reconhecida pelo próprio esforço? Não. As mulheres não conseguem as coisas na vida porque são bonitas, ou gostosas ou porque tem marido rico! Elas lutam, sofrem e conquistam todos os seus sonhos pelas próprias mãos... e unhas! rs ( salve aqueles projetos de mulheres, mas isso é assunto pra outro post.)
Temos Anitas por todo o mundo. Elas são mulheres anônimas, que vivem suas vidas comuns, mas que se dedicam a causas igualmente nobres. São mulheres dentro ou fora de comunidades carentes, mulheres que se doam e se entregam àquilo que acreditam com todo o amor!
Assim como dentro de cada um que tem um ideal, que pensa que realmente tem razões de ser pode ter um Rousseau dentro de si.
Não somos sans cullotes, nem cristãos na cova dos leões. Somos cidadãos comuns, crucificados pela massificação da vida, pela robotização da mente.
As causas nobres estão aí.
Crianças, mulheres, velhos, homens, pessoas por todo mundo precisam de nosso auxílio.
A mata, as florestas, o verde clama pelos nossos olhares e braços. O que faremos pra salvar o nosso planeta doente e debilitado?
O ar que respiramos já é cinza, e não haverá mais água para beber se continuarmos fechando nossos olhos.
Os animais, em breve, serão apenas figuras nos livros. E os livros serão apenas páginas na internet.
Os princípios ainda são os mesmos. Mudaram apenas a forma, de tempo e de espaço.
Cabe a cada um tirar a venda da hipocrisia, deixar a luz da verdade nos fazer enxergar o que está bem a nossa frente, sempre esteve e de alguma forma não quisemos ver.
Cabe a cada um acender a chama, aquela chama que guiou os grandes homens da humanidade, e deixar que ela nos conduza para um mundo melhor.




sexta-feira, 11 de junho de 2010

Confiando

A semana pareceu triste e sombria na segunda-feira. Ficar um final de semana sem voltar pra casa já me deixa meio abatida.
É que eu sou como um celular, que precisa carregar a bateria pra funcionar.
Um susto bem nessa mesma segunda-feira. Coração saiu pela boca, o medo bateu forte no meu peito. Perdi o chão e o recuperei numa mesma fração de segundo.
Pensamento no alto, confiança em Deus e logo tudo estava de volta ao seu devido lugar.
Tensão da apresentação, parece que rima, mas não é nada harmônico, assim como o significado.
De repente eu dormi e já era quarta feira.
E na quarta-feira as coisas realmente começaram a caminhar. E não digo fazendo alusão apenas a semana, mas sim a minha vida nova.
Finalmente a plantinha começou a crescer e florescer.
Era preciso paciência. Paciência e confiança em Deus pra entregar nas mãos Dele. Ele sabe o que nos pertence e sempre nos dá aquilo que merecemos.
Merecimento. Às vezes me questiono sobre isso, mas no fim vem a confiança em Deus de novo, e eu sei que Ele sabe o que faz, bem mais do que eu...rs.
É tão bom ver germinar aquilo que se plantou. Eu cuidei do meu jardim, fiz tudo o que podia, tive paciência e aí está.
É claro que a gente não pode ter tudo, a algumas coisas sempre ficam no caminho. Mas o tempo não existe, e todo o retso existente é Deus.
As pessoas são a representação dele, ainda que sejam representações brutas, dentro de cada uma delas há um pedacinho de Dele, do Criador, e é tão lindo e tão bom quando as pessoas deixam esse pedacinho transparecer e agir por elas.
Pessoas boas me ajudaram.
Sexta-feira.
Confiança.
Confiança primeiramente Nele, depois na dedicação, no empenho, na paixão, na garra, no zelo, na amizade, nos ensaios, no conhecimento, no aprendizado, e em si mesmo.
Abra a boca, e deixa tudo isso fluir de você...
Pronto!
O resultado não poderia ter sido melhor! Valeu a dificuldade, o briga, o choro, o empenho, valeu tudo.
Valeu mais ainda ter conhecido pessoas maravilhosas e principalmente: diferentes!
Valeu a pena ter aprendido a enxergar os meus próprios erros, reconhecer as minhas dificuldades e olhar para o outro, como quem olha para seu reflexo na água.
Termino a minha sexta-feira em casa, no aconchego do que chamamos do mais puro do coração de lar.
Ao lado daqueles que amo, e ainda me faltam alguns aqui.
Vendo a semente do Amor, de Deus germinando e crescendo no ventre da minha mãe, no sorriso da Giovana, no carinho do meu namorado, no zelo dos meus familiares, no purê de batata da Jacira.
No fim, é isso que faz a vida valer a pena todos os dias.
Faz valer a pena cada segundo.
Faz valer a pena sonhar, planejar, realizar, conquistar, sorrir, amar, chorar, brigar, perdoar, voltar, consentir, abraçar, beijar, entender, ouvir, compreender, aprender, lutar.
É a confiança em Deus que faz tudo isso valer a pena.
Obrigada.