quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Chuva

Fugindo da chuva e da monotonia. Procurando driblar o que não me deixa com um sorriso nos lábios.
Comprar aquela salada ontem foi um belo investimento, e minha mãe não vai acreditar, mas tinha rúcula na salada e eu comi. (risos)
Comi mesmo, porque quando você mora sozinha não tem ninguém pra te dizer "coma alface"! Até tem, a mãe, o namorado, eles sempre falam pra eu comer direito. Mas se eu não quiser eu não vou comer, e eles nem vão ficar sabendo. Mas não adianta, quem eu quero enganar com isso.
O resultado dessa mentira seriam 8 kg visíveis, e eu to fora.
To dando um gás nessa minha vida, me virando, até na aula de jump, localizada e alongamento eu vou me matricular. A gente precisa se cuidar.
Eu adaptei uma frase pra essa fase da minha vida e é a seguinte: A liberdade tem seu preço.
Tem mesmo. Nada é de graça, nem abrir as asas e voar. O pedágio é sentimental.
Quando chovia muito eu ia pro quarto da minha mãe, mas ontem a noite caiu o mundo e eu estava sozinha, praticamente.
Abri os olhos e da janela da sala, onde eu tenho dormido, podia ver o céu escuro e laranja. Laranja! Nossa, me apavorei.
O vento batia forte, dava até pra ver que direção ele ia porque a água acompanhava, e as árvores que tem ali perto balançavam muito.
A janela parecia que ia quebrar com o vento, e a porta só não abriu porque a minha mala segurava. Tive medo, não conseguia dormir de novo. Mas de repente, capotei.
Acordei e o céu estava nublado. Garoava lá fora, o que me deu uma leve sensação de alívio, porque o calor que tem feito ninguém merece!
Fui pra aula. Posso dizer que hoje é um dos dias da semana que eu gosto mais, primeiro porque tenho aula de TV e Rádio, com professores muito fodas, se me permitem. E porque é o dia que volto pra casa. Mas hoje, excepcionalmente não volto pra casa. O dever acadêmico me chama amanhã cedo, a mim e a todos os estudantes de jornalismo do primeiro semestre, teremos a apresentação do P.I , Projeto Integrado.
Hoje eu dormi a tarde. Dei uma cochilada depois do almoço, do meio dia e pouco até as duas e meia da tarde. Acordei revigorada, e ai se não acordasse, porque pra lavar aquela frigideira precisei de muita força de vontade! hahaha! Foi no mínimo cômico.
O arroz com batatinha que eu fiz ontem na hora do almoço rendeu até o almoço de hoje, e a salada que eu comprei ontem a noite ainda tem na geladeira.
To me acostumando com essa coisa de "dar meus pulos", mas é claro que as vezes da preguiça e saudade de tudo.
Mas enfim, a gente escolhe o que acredita ser o melhor pra gente. E eu escolhi abrir minhas asas e voar.
Como eu digo, a liberdade tem seu preço.
Aproveito esse post pra agradecer o amor e o carinho de todos que me acompanham nessa jornada, e desejar que sejam igualmente felizes.
A gente se fala por aqui...
um beijo a todos
Gabi!

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Av. Paulista

Eu tinha me decidido, ia encarar a Av. Paulista sozinha.
Precisava dos livros que os professores haviam me pedido, e na Paulista tem uma Livraria Cultura, onde o cartão fidelidade nos garante um desconto confortante para o bolso, principalmente o meu bolso universitário.
Comuniquei aqueles que precisava, vesti minha armadura, me enchi de vontade e coragem e lá vamos nós.
O ônibus não demorou a chegar, e logo eu estava sentada a caminho do metrô. Foi fácil, alguns amigos explicaram-me o caminho, e como mulher não tem medo de pedir informação, lá fui eu.
A linha verde chegava no Trianon e para minha sorte eu estava na linha verde! Bingo! A vida a meu favor.
E lá fui eu, com uma sensação quase indescritível.
Uma sensação pura e clara, uma liberdade, uma responsabilidade que jamais havia sentido. Era dona de mim.
Me confortava pensar que com pequenos passeios como esses, pequenas iniciativas que eu tomava no meu dia-a-dia eu começava a construir o meu futuro, o alicerce de tudo aquilo que eu quero pra mim.
Imaginava que conhecendo São Paulo, quando tivesse filhos, eu os levaria para conhecer os lugares, aqueles que me marcaram, lhe contaria minhas histórias, e meu marido ( quem sabe o Grande Noni, rs) iria sentir-se feliz por ter uma mulher que tem as rédeas da própria vida.
E a cada estação que eu passava o coração acelerava. E de repente havia chego.
A melhor sensação foi quando fui subindo as escadas do metrô, deixando a escuridão subterrânea e dando espaço ao sol, ao sol da Paulista.
E voilá!
O céu não é limite! Caminhei satisfeita, com passos certeiros de quem era dona dos próprios pés. Sorria ao pensar que aqueles que eu amava foram os incitadores desse tipo de atitude, e eu podia corresponder a dedicação e a coragem que depositaram em mim.
Fui até o Conjunto Nacional. Lá a Livraria Cultura me esperava. Linda, senhora magnânima, ilustríssima.
Comprei os livros, e ao sair da Cultura fiquei dando voltas dentro do Conjunto Nacional. Agora era a minha vez de voar.
Então a responsabilidade bateu a porta, e voltei até a estação de metrô pra voltar pra casa.
Foi uma experiência incrível. Inovar, voar.
E espero que venham muitas como essas. Os voos estão só começando.
Obrigada a todos aqueles que dedicam seu amor a mim, vocês fortalecem minhas asas a cada dia!

Dia

Não tenho tido muito tempo e espaço pra escrever por aqui. A vontade não me falta e a necessidade bate a porta. Por conta disso comprei um caderno. Ele tem a capa amarela e cheia de borboletas pra me lembrar que por mais dificil que tudo pareça e por mais cansativo que seja, eu tenho asas e elas não foram feitas para outra coisa que não fosse voar.
Hoje o dia foi bastante interessante.
Só tenho professores bons e dedicados, alguns deles são bons demais. Admiráveis.
Em suas aulas me sento na frente, com a mente sedenta de conhecimento, pronta pra beber o que escorre de suas palavras.
Hoje meu coração apertou de saudade. Havia acordada gastricamente indiposta, e não tinha ninguém pra fazer arroz com batatinha pra mim. Pois bem, fiz eu mesma.
Fui até o supermercado, comprei batatas, maça, legumes picadinhos, leite que estava faltandoe bisnaguinhas. Cheguei em casa coloquei o avental e mãos a obra. Primeiro o arroz ficou duro. Coloquei mais água. Depois acertei.
Nunca havia refogado legumes, confesso que me surpreendi com o resultado, pois ficaram bons.
A chuva ameaçava lá fora, e eu estava ansiosa pra vir logo pra cá, escrever, ver os materias disponíveis no site da faculdade e acessar o twitter. A água caiu do céu, e dos meus olhos também.
Não queria ficar em casa. Não! Ia na chuva.
E O Grande Noni como semrpe incitou-me a voar, mesmo em meio aos trovões e as gotas grossas que desciam do céu. E eu fui.
Escondida da chuva, cheguei até aqui. Ufa!
Anotei as coisinhas de filosofia, vi os e-mails, vi as materias e os materias.
E a vontade de escrever bateu forte. Apesar de todo o barulho aqui no laboratório, parece que estou num lugar calmo e tranquilo, num campo verde e amigo, eu e o sol, as flores e toda beleza do mundo escrevendo. Quando estamos em paz conosco, quando queremos ficar em paz conosco, nada pode nos afetar, porque não deixamos, não queremos.
E ao começar a escrever sinto que isso aqui devia ser um diário. É sim, devia fazer mais força pra vir aqui escrever.
Bom, depois dessa me animei. Aguardem o próximo texto!
Beijos e fiquem com Deus.
saudades de todos!
Gabi

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Coração pisado

Passos vazios por uma calçada qualquer. Um coração pisado, que tenta se reanimar com palavras de como se nada tivesse acontecido.
O incerto e o certo como se fossem a mesma coisa.
Já não sabe o que diz, me deixa com a cabeça pra baixo, o coração nas mãos e as pernas fracas.
Onde você quer chegar assim?
Você enxe meus ouvidos de lodo, meu coração de chutes e apertos, e depois age como se não tivesse dito nada, e como se eu fosse louca, insana e tivesse inventado tudo que eu ouvi...
Eu não posso estar no meu juízo perfeito, mas eu sei muito bem o que ouço.
Todas as vezes eu tenho que cicatrizar o meu coração das feridas que você faz nele com suas palavras.
Dói a cada agressividade sua. Você não pensa, não tem um filtro entre sua cabeça e sua boca, vai falando, vomitando tudo o que se passa pela sua cabeça naquele momento.
Suas palavras são como cacos de vidro, e elas perfuram meu coração, dói e eu choro.
E você acha que eu estou tendo mais um chilique.
E depois de todos os cortes, arranhões, você age docemente, e eu que me vire pra esquecer o que você disse, eu que me vire pra perdoar a sua agressividade, eu que me vire pra tirar o lodo dos ouvidos e os cacos do coração. Eu que limpe a bagunça que você fez com o que eu sinto por você.
Eu sinto em dizer, mas acho mesmo que as pessoas não estão preparadas pro amor que eu tenho dentro de mim.
Não é a primeira vez que isso acontece e receio que não seja a última.
Eu só espero que você pensa duas vezes antes de me agredir com as suas palavras, pense duas vezes antes de dizer que eu que estou fazendo maluquices e criando situações.
Eu só espero que meu coração não seja mais maltratado por você, e que você pense que o que eu te dei é só seu, então, por favor, não perca, nem jogue fora.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Donos do destino

Coração inquieto e apertado de novo. Não tenho mais um momento de paz.
Tudo está de ponta cabeça, nada se resolve, apenas se complica. Às vezes penso que pode até ser praga...rs
Mas não é. Tudo que acontece a nossa volta, por mais imbecil que pareça é nossa culpa.
Somos os únicos responsáveis por tudo que nos acontece. Fizemos alguma coisa, seja aqui, seja em outra vida, espaço e tempo, para que isso ou aquilo aconteça.
Não somos inocentes. Somos responsáveis pelo nosso destino.
E por mais que as pessoas digam que tem coisas predestinadas, essas mesmas coisas também foram escolhidas por nós, senão aqui, em algum outro lugar, em outro tempo.
É claro que é muito mais fácil culpar o externo, atribuir suas inquietudes aqueles que nos rodeiam. É muito mais fácil botar a culpa na vida.
A vida é movimento, mas nós agimos nela, e somos inteiramente responsáveis pelo que nos acontece. Somos donos dos nossos destinos.
Por mais que pareça difícil compreender, quando nos acontece algo, bom ou ruim, antes de procurar uma razão externa para atribuir-lhe sentido, devemos, primeiro, olhar para dentro de nós. Analisar nossas ações, nosso comportamento, tudo aquilo que nos pertence, e pensar se realmente aquilo não foi consequência de algo que causamos.
O pior dessa história toda é disciplinar a mente e a emoção, dizer a elas que somos sim responsáveis, e fazer com que elas parem de procurar culpados e terceiros sempre que nos acontece algo.
Temos que ter a mente organizada e limpa, para que tudo fique mais claro, e possamos atribuir a nos mesmos o que nos ocorre, e então procurar mudar aquilo que nos incomoda.
A vida é feita de escolhas, e você faz suas escolhas. Mas suas escolhas fazem de você o que você é.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Acordada

A chuva cai silenciosa do lado de fora da minha janela, quase imperceptível aos meus ouvidos.
Eu torno todos os dias do meu mundo de sonhos. E a realidade é a melhor que se pode ser, posto que é realidade.
Não posso voar, não posso ser tão rápida quanto a luz, não posso ter pessoas a minha disposição, fazendo o que eu quero o tempo todo, não posso fazer com que elas sintam o que eu desejo, não posso visitar outras esferas além daqui, não posso viver como num sonho.
Mas posso melhorar a minha realidade a cada dia. Posso não me conformar em andar só com os pés presos na superfície, posso tentar mudar o que as pessoas pensam de mim com atitudes, pensamentos e colocações. Posso acordar a cada dia e escrever mais um pedacinho da minha história, da melhor maneira possível, posso tecer meus desejos e meus sonhos nas minhas atitudes do cotidiano.
Posso dormir e sonhar. Ou posso ficar maior parte do tempo acordada, buscando, fazendo, realizando tudo o que puder para concretizar os meus sonhos.
Nos sonhos somos despertados. Na realidade seremos despertados um dia também, mas aqui dá pra aproveitar mais...
Então é melhor abrir os olhos para o mundo de possibilidades que se realizem a acontecem diante de mim.
É melhor me manter acordada!
É melhor viver!

Claire e seu diário

Claire e seu diário, abertos um para o outro nos primeiros raios de sol.
Claire havia sonhado de novo, sonhado com aquele moço, aquele homem, que insistia em aparecer em seus sonhos.
Claire acordava sorrindo e chorando. Sorrindo porque gostava de sonhar com ele, chorando porque não compreendia o porque de sonhar tanto com ele. Será que havia alguma explicação lógica?
A França parecia grande demais para Claire, e sempre que pensava no amor, tinha vontade de visitar uma cartomante, mas ela nunca tinha coragem.
Tinha medo do que poderia ouvir, e sendo de família muito religiosa, iriam crucificá-la se soubessem da sua visita a uma cartomante.
Ficava ali, ela o diário, em confissões que só as páginas dele sabiam, e outras que Claire nem ousava escrever.
" E se você disser algo pra alguém, diário?"
" Não direi, só se você me pedir."
E ficavam por isso mesmo.
O dia passou devagar, e a hora de dormir era sagrada para Claire. Sagrada e assustadora.
"Será que vou sonhar com ele de novo?"
E Claire acordava de novo. Sentia-se perturbada muitas vezes, mas sabia que aquele sorriso amigo trazia ondas indecifráveis e incompreensíveis para seu coração.
De qualquer forma, ao acordar abria seu diário, e ele sorria para Claire:
" Ele de novo? Por que?"
" Não sei, diário, não sei..."

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Recomeço, reconciliação e perdão

Eu admiro as pessoas que recomeçam. Admiro mesmo.
Aquelas pessoas que mesmo tendo passado horrores em suas vidas, dão a volta por cima e recomeçam.
Aquelas pessoas que mesmo tendo perdido um filho, tentam outro.
Aquelas pessoas que mesmo tendo se divorciado, casam-se de novo.
Aquelas pessoas que mesmo tendo perdido o emprego dos sonhos, aventuram-se em outros novos.
Pessoas assim são pessoas que se abrem pra vida, pessoas que se entregam para novas oportunidades. Eu admiro as pessoas que querem ser felizes e se dão chances para tal.
É muito fácil se prostrar pelas dificuldades que se enfrentou, é muito fácil desanimar no primeiro tombo, e é muito mais fácil ficar ali caído, sem reação.
Difícil mesmo é levantar, olhar os machucados, lavá-los com água e sabão, sentí-los arder, mas ter a certeza de que eles vão sarar, e serão apenas cicatrizes.
Eu admiro as pessoas que se reconciliam de coração depois d eum grande desentendimento.
Os namorados, o marido e a mulher que fazem as pazes com muito amor depois de uma briga triste e feroz.
Eu admiro as pessoas que se reinventam, se refazem, recomeçam.
Eu admiro as pessoas que perdoam.
É muito fácil virar a cara, é muito fácil ignorar. Difícil mesmo é olhar nos olhos e dizer de coração: eu te perdoo. Difícil mesmo é esquecer o que passou, passar uma borracha nas palavras, deletar as besteiras que se ouviu. Tirar o lodo dos ouvidos e os espinhos do coração.
Mas com o passar do tempo a gente vai ficando com o coração mais sensível, e também mais criterioso.
A gente aprende que recomeçar é preciso, que se reconciliar é vital, e que perdoar é divino.

Primeiro rastro

Eu começo aqui os meus rastros, e quem quiser me acompanhar, seja bem vindo!
Recém saída do casulo, a vida aqui fora me oferece mil e uma possibilidades. Mas também, mil e uma responsabilidades.
A liberdade tem seu preço.
Hoje eu voo com as minhas próprias asas, não preciso que ninguém me carregue, mas certamente ainda preciso de colo, de carinho, de atenção.
Não é porque já tenho asas que sou emocionalmente preparada pra enfrentar tudo que está acontecendo na minha vida. Não!
Eu estou aprendendo, e muitas vezes na marra, como dizem por aí.
Não é fácil chegar num lugar estranho, com pessoas desconhecidas, peitar uma cidade nova, uma faculdade sozinha.
É preciso muita coragem e muita força. É preciso amor.
Amor daqueles que me acompanham, daqueles que se doam para que eu consiga viver essa fase da minha vida da melhor maneira possível, por mais duro que isso possa parecer pra eles.
Sei que tenho pessoas maravilhosas ao meu lado, e estou conhecendo pessoas maravilhosas também, que estarão ao meu lado.
Eu espero ter força pra enfrentar tudo o que vier. Que sejam chuvas, raios, sapos, corujas, ventos contrários, não importa!
Eu sou uma borboleta e e me farei digna das asas que recebi!
Obrigada a todos que me acompanharam, e prometo que os rastros de tinta serão igualmente interessantes, ou melhores que os rabiscos da parede do casulo! Serão novas histórias, novos aprendizados!
Vamos nessa, vamos voar!