Saindo daquele lugar de luz, frente as árvores, sentindo o cheiro das flores, uma sensação conhecida me invadiu o coração e me encheu de felicidade.
Mas que sensação é essa?
Ouso dizer que eu já a senti, ela me é conhecida. Mas como, quando, onde?
Queria saber da onde vem essa paz, o que é esse sentimento bom. Queria mesmo passar o resto da vida sentindo isso.
Um mar de cenas, um filme intenso e logo não vi nada. Não podia nem lembrar do que tinha pensado a cinco segundos. A vida é mesmo engraçada.
Hoje estou no aconchego do meu lar. Isso mesmo, lar. Porque há uma sutil diferença entre lar e casa.
Aqui é meu lar. Mas eu espero um dia ter um outro lar meu também.
Hoje as horas passam mais tranquilas, o ar que eu respiro é mais puro, os sons são mais baixos, a cabeça mais vazia.
Mesmo tendo uma infinidade de coisas pra ler, eu estou com a mente sossegada, casta, serena.
Tranquilidade é um raro e precioso momento na vida das pessoas. Principalmente daquelas que escolheram a profissão que eu escolhi. Então, para nós, ela tem um sabor diferente.
É como um doce que apreciamos muito, mas que é pouco, quase não tem.
Um potinho e o doce. A colher de sobremesa vai delicada, pega-o aos pouquinhos, com medo que ele acabe. O paladar desfruta com redenção, aproveitando cada segundo daquele sabor que tem hora pra acabar. E quando acaba respiramos fundo, vemos que tudo foi feito para que aproveitassemos cada instante daquele instante sublime e adocicado. E aproveitamos.
Assim é a tranquilidade. E hoje minha colher de sobremesa vai delicada, e eu saboreio cada momento dessa doce tranquilidade.
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