Ou melhor, nós estávamos os quatro sentados, esperando a vez da mamãe.
Foram chegando mais e mais pessoas, todas elas barrigudas ou barrigudinhas.
" Vai buscar um copo de suco pro nenê mexer."
Suco beeem doce de caju, a mamãe tomou tudo, deu até pra mastigar os pedacinhos de açúcar do fundo do copo.
Uma mulher era chamada, depois a outra, a outra e nós? É, nós fomos passados pra tras umas duas vezes, mas parece que essas coisas só acontecem quando estamos ansiosos.
O Ro estava nervoso, tenso. Andava de um lado para o outro, parecia que ele estava na sala de espera do hospital já, aguardando a enfermeira botar a cabeça na porta e dizer sorrindo " Nasceu!".
Mas não, até lá temos pelo menos cinco meses. Fico imaginando quando chegar o dia tão esperado, não sei se entro com a mamãe ou se fico ajudando o Ro a segurar a ansiedade. (risos)
A espera quando a gente tá esperando é sempre mais esperada, entende?
E a vida guarda mais surpresas pra gente do que a gente pode imaginar.
Fomos chamados e seguimos em fila indiana, mamãe, eu e o Ro até a sala da Dra Denise.
O sofá branco foi o refúgio da ansiedade. Sentamos eu e o Ro. A mamãe ficou deitada enquanto a Dra Denise procurava o que nós esperávamos tanto.
" Vem aí uma garotinha!"
AÍ SIM FOMOS SURPREENDIDOS!
Foi uma risadeira só! Nossa, que surpresa!
Eu segurava o choro com o riso de alegria e de novidade!
A mamãe ria feliz e surpresa. O Ro chorava de emoção.
Dra Denise olhou de novo, e era isso mesmo: ME-NI-NA!
Somos muito sugestionáveis, e quando o palpite é um "palpite especializado" a gente acaba adotando como verdade. Mas mesmo sendo "especializado" é só um palpite.
E graças a tecnologia já soubemos que o bebê que a mamãe traz no ventre é uma menininha!
Agora começa a Epopéia dos Nomes, mas isso é assunto pra outro post!
Felicidades pra nós, muita saúde pra nossa princesinha e pra mamãe, e amor... Bom, amor a gente tem de sobra!